quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Conspiração em curso


Perdão, leitor, mas certos políticos deviam ser chamados de punheteiros. Porque só vivem naquela masturbação mental sobre assuntos que eles próprios criam. Agora passaram a ganhar espaços na mídia para discutir o que é da vontade alheia. Por exemplo: se Wilson Martins sai ou fica no governo, decisão que só compete única e exclusivamente ao próprio governador. O personagem da hora é o deputado federal Marcelo Castro especialista em estradas e Phd no protecionismo familiar em se tatando de cargos e obras públicas. Enquanto a nuvem do momento indica que Wilson fica, ele assegura que Wilson sai. E tem razão para desejar isso: quer tirar o PMDB da condição de coadjuvante para ator principal, emplacando o vice-governador na cadeira Numero 1. Por direito, é bom frisar, mas as intenções estão longe de parecer reais. Há em curso uma espécie de conspiração dentro do próprio PMDB para colocar Zé Filho no comando dos últimos dez meses da gestão de Wilson Martins e, ao mesmo tempo, trabalhar para a formação de uma aliança tendo como candidato ao governo o petista Wellington Dias. No entanto, num cenário em que só eles conseguem pontuar, de serem tão gentis quanto insinceros uns com os outros, é fácil se ouvir e ler a declaração abaixo: "O PMDB está cem por cento unido. Não há discrepâncias e todos nós estamos unidos em torno da candidatura do vice, Zé Filho. Esperamos que Wilson Martins saia do governo para ser nosso candidato ao Senado Federal. Esse é o plano. É 'improbabilíssimo' o governador não sair. Não consigo imaginar Wilson Martins permanecendo no cargo", destacou Marcelo Castro em recente publicação. O PMDB está ‘cem por cento’ unido em torno de Zé Filho como estiveram os pefelistas que se locupletaram na gestão de onze meses de Hugo Napoleão, no tenebroso governo Vida Nova. Eles buscaram os meios mais espúrios para garantir a manutenção de seus mandatos, deixando-o entregue à própria sorte. E todos sabem o resultado: o governador da época foi o petista Wellington Dias que entrou na disputa apenas para competir, capitaneando uma oposição frágil, constrangida, fragmentada pela cassação de Mão Santa.Por:Arimatéia Azevedo

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