Tractebel vai ampliar o Parque Eólico da Pedra do Sal em Parnaíba
A Usina Eólica Pedra do Sal, em Parnaíba, no litoral piauiense, a poucos quilômetros do município de Ilha Grande, é uma importante alternativa de energia para a população da região. A usina foi construída em 2008, após estudos em relação às correntes de ventos que atingem o litoral piauiense, mas só começou a operar no início de 2009. A Usina Eólica Pedra do Sal foi construída pela Tractebel Energia do grupo SUEZ.
Segundo o responsável pelo Desenvolvimento de Negócios da Tractebel Energia, Diogo Ricardo Marques da Silva, a capacidade atual da usina, que opera com 20 aero geradores, é de 18 MW. A energia captada é comercializada para a Eletrobrás, que a distribui com a finalidade de atender à demanda dos consumidores.
Diogo Ricardo falou ao presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz, e ao presidente da Eletrobrás Distribuição Piauí, Pedro Carlos Hosken Vieira, as previsões da capacidade e da ampliação da usina. Falou também do leilão que ocorrerá ainda este ano para a comercialização de energia a outros consumidores, além da Eletrobrás.
A capacidade de geração de energia da usina foi elogiada pelos técnicos que visitaram a empresa no último fim de semana. Segundo Diogo Ricardo, a capacidade dos ventos do litoral piauiense tem apresentado condições propícias para a produção de energia. Neste período, por conta dos baixos ventos, a usina produz uma média de 6 MW, um resultado considerado muito bom, se comparado a usinas de outras praias do país.
Por enquanto, a empresa opera com 20 aero geradores conectados a torres de 54 metros de altura, que trabalham de forma independente. Os aero geradores possuem um sensor de vento, possibilitando um sistema de rotação de 360º, que muda de posição de acordo com o vento (automático). Até o final do ano, a Tractebel pretende ampliar o parque gerador para produzir uma média 30 MW e até 2012, a usina pretende chegar a 100 MW, pela capacidade dos ventos.
De acordo com Diogo Ricardo Marques, tudo vai depender do interesse de novas empresas na aquisição de energia. “A produção é pensada de acordo com a necessidade, porque energia não pode ser armazenada”, disse. Dados técnicos da empresa destacam que um aero gerador é uma máquina capaz de transformar a energia cinética, o movimento, em energia elétrica.
As pás das hélices movem-se quando atingidas pelo vento. Para isso, são dispostas em ângulo, como em um ventilador. A primeira grande diferença é que esse ângulo é variável, para ajustar o equipamento de acordo com as condições do vento em determinado instante. A própria hélice pode mudar de posição para se obter sempre a melhor eficiência possível.
Em relatório de visita à Usina Eólica Pedra do Sal, o técnico Lincoln Francisco de Carvalho e Silva destaca que além do sistema de rotação automático, os aero geradores possuem um freio que está presente como um equipamento de segurança para manutenção do sistema. Junto às turbinas são montados equipamentos que captam toda a energia elétrica gerada no Parque Eólico para repassá-la para a rede convencional.
Nesse estágio são feitas diversas modulações de força, de forma a deixar a corrente e a voltagem adequada aos padrões da região. Na usina pedra do sal os aero geradores são divididos em 4 grupos de 5. Cada grupo possui uma caixa de força central onde passa a energia gerada e que cada grupo é conectado a uma rede central que leva toda energia produzida para uma pequena subestação interna e depois enviada para uma subestação da Cepisa.
Gerenciamento
Francisco Lincoln destaca em seu relatório que a usina possui dois sistemas distintos, um para o controle de produção e o outro para o controle de manutenção dos aero geradores. O controle de produção é um sistema que trabalha em tempo real, dando todas as informações de cada aero gerador, como: velocidade do vento, posição atual baseada na direção do vento, capacidade de produção dos aero geradores, problemas detalhados de cada torre, entre outras funções.
Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: Valdamir Alvarenga
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