quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ilha Grande e Luis Correia farão parte de pesquisa nacional sobre esquistossomose


Os municípios de Ilha Grande e Luis Correia, no litoral piauiense, farão parte da pesquisa de esquistossomose que está sendo realizada pelo Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde iniciará uma pesquisa em âmbito nacional para identificar, detalhadamente, os focos e os níveis de contaminação causados pela Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses. A esquistossomose é uma doença crônica, caracterizada, também, como uma parasitose por organismo multicelular de forma grave. A pesquisa é denominada Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses.
No Piauí, a realização do inquérito ficará a cargo das Secretarias de Estado da Saúde (Sesapi) e da Educação (Seduc), já que o público-alvo da pesquisa são estudantes de sete a 14 anos de idade, de 19 municípios piauienses, selecionados aleatoriamente pelo Ministério da Saúde. A definição das estratégias de trabalho e explanação sobre as formas de realização da pesquisa foi iniciada na manhã desta terça-feira (9), durante uma reunião na sede da Sesapi.

A diretora de Vigilância e Atenção à Saúde, Telma Evangelista, representando a secretária Lilian Martins, conduziu a reunião, que contou com a presença do secretário de Estado da Educação, Átila Lira, do coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Inácio Lima, do coordenador técnico do Laboratório Central (Lacen), Ronaldo Costa, do coordenador regional do inquérito, Fernando Bezerra, além de outros gestores da área da saúde, no Piauí.

Segundo o médico Fernando Bezerra, que veio à reunião representando o Ministério da Saúde, a Esquistossomose é um grave problema de saúde pública e está presente em 19 estados brasileiros. “A última pesquisa desse tipo, aqui no Brasil, foi ainda na década de 1950. Precisávamos, urgentemente, de uma nova pesquisa, de uma nova amostragem sobre a doença. E, agora, iremos realizar, com o apoio dos órgãos estaduais”, disse.

O inquérito sobre a existência da Esquistossomose se propõe a redefinir as políticas públicas direcionadas à profilaxia e tratamento dessa e de outras doenças parecidas. Ainda de acordo com o projeto, a meta é obter informações sobre como está acontecendo a propagação da Esquistossomose no país, bem como avaliar a prevalência das alterações clínicas produzidas pela doença.

No Piauí, o inquérito será gerido pela Sesapi e pela Seduc. Essa, por sua vez, irá disponibilizar um corpo de profissionais para selecionar, estatisticamente, as escolas e os alunos que serão focados pela pesquisa. “Entendemos a necessidade desse trabalho e dedicaremos empenho total para executá-lo”, disse o secretário Átila Lira.

Em todo o país serão examinadas 222.474 crianças de sete a 14 anos, em 542 municípios das 27 unidades federativas. No Piauí, as cidades que receberão a pesquisa são Pio IX e Picos, representando as áreas endêmicas; Paulistana, Lagoinha do Piauí, São Miguel do Tapuio, Ilha Grande, Inhuma, Jerumenha, Piracuruca, São Félix do Piauí, Miguel Alves, Altos, Wall Ferraz, Batalha, Bocaina, São João do Arraial, Luís Correia, Floriano e Teresina, representando as áreas não endêmicas. Somando todas as crianças atendidas nessas 19 cidades, ao todo, serão 6.002.

Uma equipe irá atuar em cada cidade, executando o projeto. A equipe terá supervisor, bioquímico e outros profissionais de laboratório, agente de combate às endemias, agente comunitário de saúde e motorista. A previsão para o início dos trabalhos do projeto é para este semestre. “Iremos elaborar um planejamento detalhado, com custeios e escalas de profissionais, a fim de começar a execução do inquérito. A Sesapi concederá total disposição para a realização desta pesquisa, tão importante para o bem-estar da saúde pública do Piauí”, declarou a diretora Telma Evangelista.

Jornal da Parnaíba com informações da CCom

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