Sesapi reúne hospitais para discutir controle de superbactéria
A Secretaria Estadual de Saúde, através da Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária reuniu nesta terça-feira (26), às 11h na sede da Divisa, os hospitais da cidade de Teresina para discutir as estratégias de prevenção contra a bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), que já provocou mortes no Distrito Federal.
O secretário de Saúde, Telmo Mesquita, presidiu a reunião que deu todas as orientações aos hospitais sobre como proceder para impedir que as infecções hospitalares através da bactéria cheguem ao Piauí. Além disso, foi traçada uma estratégia de combate às infecções através da KPC, caso seja constatada sua presença nos hospitais do Estado.
De acordo com a gerente de Assistência e Serviços de Saúde, da Divisa, Lucimá Alves, não existe motivos para pânico, mas é importante que os hospitais fiquem atentos, especialmente suas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Na pauta da reunião, os técnicos da Vigilância Sanitária do Estado chamaram atenção para a importância de certos procedimentos que previnem as infecções dentro dos hospitais.
Além do trabalho de orientação, divulgação e incentivo a implantação da lavagem correta de mãos nos hospitais do Estado, sejam públicos ou privados, a Divisa também vem trabalhando no cadastro dos indicadores de infecção hospitalar.
Anvisa
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 50% das prescrições de antibióticos no mundo são inadequadas. E o problema ganha destaque quando aparecem os surtos, justamente o que está acontecendo no Brasil. Nesta segunda-feira, a Anvisa deve divulgar uma nota técnica dirigida a hospitais, secretarias de saúde e comissões de controle de infecção hospitalar.
Ainda na semana passada, os diretores da Agência aprovaram a obrigatoriedade de que os serviços de saúde brasileiros disponibilizem solução alcóolica para a higienização das mãos dos profissionais de saúde em todos os pontos de atendimento aos pacientes. Os estabelecimentos deverão cumprir a norma a partir de 60 dias, contados da publicação da resolução no Diário Oficial da União.
Já as farmácias e drogarias brasileiras vão passar a reter a receita médica durante a venda dos antibióticos. Esses estabelecimentos terão 30 dias para se adequar à norma a partir ada publicação da medida. As duas resoluções devem ser publicadas no Diário Oficial da União na próxima semana. A decisão é decorrente dos recentes casos de infecção hospitalar que trouxeram à tona um problema de amplitude mundial: a resistência natural que microrganismos, como bactérias, vírus e fungos, adquirem ao longo do tempo e que pode ser acelerada por ações humanas, como o uso irracional de antibióticos.
Informações do Blog do Acesso 343
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