Defeso aumenta o preço do caranguejo, diz Dieese

O preço do caranguejo deve aumentar, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A alta nos preços pode ocorrer devido ao período de defeso do crustáceo. Será proibida a captura, o transporte e a comercialização do caranguejo durante os períodos de 10 a 15 e 24 de a 29 de janeiro. Com a diminuição da oferta do produto, a tendência é que suba o preço do caranguejo comercializado em feiras e mercados da cidade.

De acordo com o Dieese, uma série de fatores estruturais e conjunturais também contribuem para inflacionar o preço do caranguejo, que sofreu um reajuste acumulado de 34% durante os últimos três anos, de 2009 a 2011. O Dieese faz um levantamento semanal e informou que durante 2009, o reajuste foi de 9%; em 2010, o aumento ficou em 6,25%; enquanto o ano de 2011 registrou o maior índice, com 16,07%.

O Dieese comparou o valor do produto em dezembro de 2011, que era de R$1,30 a unidade, com o mesmo mês do ano anterior, quando era comercializado a R$1,12. Considerando a variação de preços entre os vários pontos de venda, é possível comprar por R$1,20 até R$1,67 a unidade do caranguejo.

Durante o defeso só se permite a venda dos caranguejos armazenados por vendedores que pediram autorização ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Após o dia 15, o caranguejo estará liberado para comercialização por oito dias. Em fevereiro, a proibição será no período de 8 a 13 e 22 a 27. Em março nos dias 9 a 14 e 23 a 28. No total, serão seis períodos de defeso durante o ano. 
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