Grande imprensa dá destaque ao litoral do Piauí
O jornal Correio Braziliense, de grande circulação nacional, fala das praias desertas e dos monumentos em cidades do interior do Piauía dando ênfase ao litoral do Piauí e parques do interior como Sete Cidades.
O jornal Correio Braziliense, de grande circulação nacional, fala das praias desertas e dos monumentos em cidades do interior do Piauía dando ênfase ao litoral do Piauí e parques do interior como Sete Cidades.
O jornal Correio Braziliense destaca nesta quarta-feira (22.09) reportagem sobre o Parque Nacional de Sete Cidades e das belezas de Barra Grande, em Cajueiro da Praia, cidade no litoral do Piauí. Com poemas do jornalista Paulo José Cunha, a matéria escrita por Roberto de Sousa também está disponível no site do jornal na internet.
Confira reportagem:
Título: Litoral do Piauí é cheio de praias desertas e o interior com monumentos
A rocha conhecida como Arco do Triunfo, no Parque Nacional de Sete Cidades |
Destino ainda pouco conhecido no Nordeste brasileiro, o Piauí mostra que sabe acolher quem o visita e encantar com paisagens sensacionais. Uma delas é a do Parque Nacional de Sete Cidades, onde a natureza construiu ao longo dos anos, com a força do vento e das chuvas, verdadeiros monumentos de rocha. Com imaginação e um olhar preciso, é fácil encontrar, por exemplo, imagens de animais e até o mapa do Brasil — com os estados demarcados na pedra. No mesmo parque, é fascinante ficar a poucos centímetros dos mosaicos de pinturas rupestres datadas de pelo menos 5 mil anos atrás.
Igualmente bacana é o litoral de apenas 66km de extensão (o menor do Brasil). Em tão pouco espaço, o estado apresenta praias como a do Coqueiro, no município de Luís Correia. Lá, a força do vento eleva os praticantes do kitesurfe a pelo menos seis metros acima do mar, e a cena representa mais um espetáculo para os olhos. A todo instante, as manobras dos esportistas impressionam quem está no lugar. O pôr do sol ainda é perfeito para tirar fotos e emoldurar como recordação.
Outra atração que você conhece nestas páginas é o Delta do Rio Parnaíba, o maior das Américas e o terceiro em mar aberto do mundo, onde se pode acompanhar o voo da ave guará e a busca pelos caranguejos. Só tome cuidado para não se perder no labirinto de águas, com 70 ilhas espalhadas…
Barra Grande no Cajueiro da Praia - Sol, sombra e águas mornas |
Conheça a poética Barra Grande, no Piauí
Os poemas a seguir, escritos pelo jornalista Paulo José Cunha — nascido no Rio de Janeiro, criado no Piauí e radicado em Brasília — apresentam as belezas de uma das praias menos exploradas do estado. Barra Grande, a aproximadamente 400km de Teresina, destaca-se pela água limpinha, pelos ventos, que atraem os kitesurfistas, e pela tranquilidade.
Você obtém mais informações sobre o destino no blog da Associação de Condutores de Turismo de Barra Grande: http://www.barratur.blogspot.com/.
Esses barcos fundeados no mar
em frente à praia,
ao balanço das ondas,
querem dizer alguma coisa.
Algo como a permanência do que, por natural, deveria se extinguir.
Ou a resistência vertida em rima de dócil convivência.
Ou ainda um deixar-se levar pelas ondas,
vagamente,
ao ritmo do mundo.
Em verdade,
os barcos fundeados no mar da Barra Grande
não querem dizer nada.
São que nem esses meninos sentados sobre o muro,
que balançam as pernas, preguiçosamente.
Os barcos se cumprem assim:
balançando
para lá
e para cá,
para lá
e para cá.
Balançando
lentamente,
ao sabor das ondas.
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As luas
Sobre o mar, ao sol poente,
kitesurfistas empinam luas coloridas
no céu de Barra Grande.
Sobre o chão d’água
cavalos líquidos
saltam obstáculos,
campeiam ilusões.
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O horizonte
Onde começa a areia,
para onde segue o mar
e o céu, para onde gira o céu?
E onde se acaba o horizonte,
nestes infinitos de mistério e luz,
onde o mundo se refunde, eternamente?
Em Barra Grande tudo é coisa única:
a areia, o mar, o vento e o céu
(o céu onde se fabricam os destinos).
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O vento
Palmeira curvada,
ao vento da praia:
mulher vexada
segurando a saia.
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O céu
Mal começamos
a contar as estrelas
do céu da Barra Grande,
e os números já se acabaram.
Resta apreciar
a flutuação dos astros sobre a imensidão do mar:
A Lua,
o Caminho de São Tiago,
o Cruzeiro do Sul,
as Três Marias
o Órion,
a Andrômeda,
e a Estrela da Manhã.
Sentir-se ínfimo,
inexpressivo,
ao máximo grau da insignificância
como aquela última estrelinha,
que mal se consegue distinguir.
E súbito,
descobrir
que,
sem qualquer uma daquelas estrelas,
(mesmo aquela, a miudinha),
o céu seria menor.
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O sol
O sol se levanta mais cedo
e brota no horizonte
para acariciar a pele morena das mulheres
e iluminar as cores
das luas de cetim dos kitesurfs.
As ondas, quando acordam...
(Ops! Melhor encerrar o poema por aqui.
As ondas nunca acordam.
Onda não sabe o que é dormir).
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A brisa
Sopra, eterna e lenta,
uma brisa em Barra Grande.
Traz histórias do mar profundo.
Sopra, eterna e lenta,
uma brisa em Barra Grande ,
esvoaçando cabelos
eriçando pelos
e despertando úmidos segredos noturnos
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A árvore
Nos arrecifes de Barra Grande,
lá no meio do mar,
uma arvorezinha cresce
na maré baixa.
Nem mesmo o mar e seu rugido
conseguem conter a vida
quando ela resolve se afirmar.
Ah, a vida:
Arvorezinha frágil
que teima em crescer no mar
do tempo.
— Arvorezinha, resista!
Você é a nossa última esperança.
Edição: Jornal da Parnaíba
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