quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

ZÉ FILHO fica 'mudo': é grande chance de Wilsão não sair

De volta dos dias de folgas no litoral, o governador Wilson Martins (PSB) já tem pela frente o primeiro desafio de 2014, reunir os partidos para estruturar a construção de uma espécie de nova base governista. Entre os aliados é cada vez maior a convicção que Wilsão fica no cargo até o final do ano com ou sem acordo com o PT de Wellington Dias. Mas enquanto todos os holofotes da política estadual estão voltados neste momento para esse imbróglio entre PSB e PT, o vice-governador Zé Filho (PMDB) acompanha o desenrolar dos fatos à distância, em silêncio como se ele não fosse um dos maiores afetados com a decisão de Wilsão.
 Para muito aliados, seria justamente esse distanciamento de Zé Filho, aliada a baixa popularidade e as suspeitas que o vice dificilmente estará com a saúde 100% para o próximo ano, que levariam Wilson Martins a não contemplar o peemedebista em seus planos sucessórios de 2014. Wilson Martins tem avaliado outras sugestões como a possibilidade de lançar um candidato próprio do PSB ou chegar a um acordo com o PSDB de Sílvio Mendes.
Com essas duas possibilidades ele também enfrentaria problemas. Primeiro, o PSB não possui um nome forte para se lançar candidato. As opções seriam os secretários Wilson Brandão e Átila Lira. Nomes fortes na disputa por vagas na Assembleia, mas que dificilmente teriam o mesmo desempenho em uma eleição para governador. Brandão é apontado como o preferido de Wilsão.Se lançar Sílvio Mendes como seu candidato, ele teme perder aliados, principalmente o PMDB, que tem grande rejeição pelo nome de Sílvio. Os peemedebistas acreditam que se ganharem com o tucano não irão levar nada.
 Sem apoio até mesmo no partido, Zé Filho prefere o silêncio. A última aparição do vice foi ainda no início de dezembro, durante a reunião de metas realizada por Wilson Martins com a presença de todos os gestores, na Escola Fazendária. Ele chegou de muleta e pela primeira vez declarou que se assumir o governo em 2014 será candidato. A decisão de Zé Filho de ficar em silêncio passaria por duas justificativas: ou ele não visualiza a possibilidade de manter a base unida em torno de seu nome ou tem convicção da saída de Wilsão em abril de 2014. Nessa última opção, ele assumiria o governo e as rédeas da sucessão estadual.
O vice-governador estaria aguardando o resultado da reunião desta quinta para analisar se teria realmente uma candidatura viável. Nesse encontro, Wilson Martins deve dar aos aliados pistas sobre qual decisão irá tomar em 2014, já que tem gente reclamando que não poderá garantir apoio sem saber se ele sai ou fica.
Publicado Por: Lídia Brito

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