Segundo Milano, estados do nordeste passaram há algum tempo a ter o turismo explorado, mas o Piauí ficou o que houve foi um fenômeno forte de promoção turística. “Ainda não podemos falar de um turismo de massa no Delta do Parnaíba e por isso acho interessante um estudo que acompanhe esse fenômeno e não somente um estudo sobre pós-fenômeno, o que causou o turismo e quais impactos. Eu acho interessante acompanhar esse fenômeno de promoção turística”.
A pesquisa se constitui na observação e indagação da promoção turística do setor público, privado e dos trabalhos feito pelas Organizações Não Governamentais (Ong's) como alternativa econômica para a população.
Claudio disse que acredita que Parnaíba tem tudo para alavancar quanto ao desenvolvimento turístico, mas é importante que haja uma gestão participativa e uma planificação do turismo, para que se saiba o tipo de turismo a ser realizado na região. “Parnaíba tem tudo para ser um destino importante no Brasil, mas é perigoso impulsionar o turismo sem organização”.
Quando Milano ressalta os perigos acerca de um turismo sem planejamento, ele expõe alguns impactos, entre eles, o consumo e o transporte do caranguejo uçá. O problema do caranguejo é um impacto negativo do turismo de outros estados. “Imagina se a cidade de Parnaíba tiver um grande fluxo turístico, o que poderá acontecer com o caranguejo?”.
No Delta do Parnaíba existem outros recursos que poderiam ser explorados de forma positivas e o poder público poderia ajudar a impulsar outras atividades, como a exploração da indústria do caju, extração da carnaúba e a preocupação com o uso dos agrotóxicos nas plantações de arroz.
“É preciso que haja preocupação do poder público em resolver a situação da população. Não adianta achar que o turismo é a solução e único caminho”.
Por Tacyane Machado/PortalF5.net
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