Ele se referia ao fato do governador ser conhecido como “trator”.
Por isso foi categórico ao afirmar que o PT não saiu do governo mas foi expulso pela forma como o governador agiu e disse que não se constrói entendimento com uma faca no pescoço.
Com um semblante demonstrando profundo descontentamento, Dias disse achar natural que o governador demita quem ele achar que deve sair dos cargos, mas o PT vai continuar dando apoio ao governo porque não faz política em função deles (cargos).
“Não é da natureza do PT”, afirma o senador, “estar em cargos para fazer política, desta forma todas as iniciativas do governo terão apoio do partido, porque o objetivo é o projeto que vem sendo construído ao longo dos últimos anos”.
Dizendo ser um político de diálogo, Wellington Dias contou que todo esse processo de desconstrução da aliança começou ainda em junho e não em setembro, não em São João do Piauí.
“Desde esse período, percebi que a intenção do governador era me isolar e isolar o meu partido, o PT, mesmo quando ainda tínhamos agenda em comum, mas a partir do momento em que isso ficou mais claro, procurei o senador João Vicente e firmamos um entendimento”, contou o senador petista.
Segundo ainda Wellington Dias, essa conversa de que o PT procurou os partidos de oposição não existe. O PTB está comigo desde 2002. Em 2010, de acordo com ele, o PTB e o PP votaram no governador no segundo turno.
“Quem se aproximou da oposição não fomos nós. Trazer Heráclito Fortes, que não votou nele ou o Sílvio Mendes, a quem tenho respeito, que não votou nele, não é se unir à oposição”?, questionou Wellington Dias.
“Quando retornei”, lembra, “encontrei essa situação, o governador conversou com muitos dos meus companheiros mas quando tentei falar com ele e não consegui, mandei mensagem de texto para seu assessor passar”.
Dias foi enfático quando criticou a maneira como o governador tirou os cargos do PT, citando que os pedidos de Merlong Solano e Antonio Neto foram por razões pessoais, mas os outros não.
“Não se constrói entendimento com uma faca no pescoço, pois quando estava no governo em 2010 e dois candidatos disputavam a indicação para a disputa do governo não demiti ninguém, deixei todos nos cargos”, acentuou.
Wellington Dias encerrou a entrevista destacando o direito do governador tomar a decisão que achar conveniente, assim como o direito tanto dele quanto do vice-governador Antonio José de Moraes Souza de se candidatarem, mas que dará apoio ao governo em qualquer circunstância.
Portalaz.com
Edição: Proparnaiba.com
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