domingo, 8 de junho de 2014

Motorista bêbado invade barraca na Pedra do Sal e mata vendedora



A mulher foi colhida e arremessada
A vendedora Maria Elizete dos Santos Costa, 31 anos, morreu após ser colhida por um carro por volta das 09h30 deste domingo (08/06) na PI 116, no povoado Pedra do Sal, em Parnaíba. Ela estava organizando sua venda de objetos artesanais em sua barraca quando foi surpreendida por um carro Pálio de placas NIN 8265, de cor prata, que invadiu sua barraca levando parte da estrutura e a proprietária que morreu na hora. Ela foi arremessada violentamente.
Barraca danificada após invasão
O veículo era conduzido por seu dono, o operador de máquinas Luciano Pereira da Silva, 28 anos, que trabalha na construção da Usina Eólica. Após o acidente, moradores se manifestaram para linchar o motorista que foi retirado do local por uma guarnição da Força Tática, comandada pelo sargento Fabriciano Monteiro, para realização do teste do etilômetro com a Polícia Rodoviária Federal, onde foi constato teor acima do permitido.
Luciano Silva
Luciano disse que esteve em uma festa onde bebeu no Bairro Morros da Mariana, município de Ilha Grande. Ele afirmou que tomou um energético para se manter acordado; mas dormiu ao volante e quando acordou viu a mulher morta caída no chão e seu carro danificado. Ele saiu e as pessoas começaram a se aglomerar para linchá-lo. Enquanto isso, o aparelho de som ficou tocando forró.
Três ambulâncias do SAMU seguiram para a Pedra do Sal com a informação de um acidente com múltiplas vítimas. Ao constar o ocorrido retornaram. O Pelotão de Policiamento de Trânsito (PPTRAN) esteve no local para periciar ocorrido. Maria Elizete deixou uma filha de 15 anos de idade órfã. Segundo Maria da Paixão dos Santos, irmã da vítima, sua sobrinha chegou a avisar a mãe quando o carro se aproximava e ela desceu do banquinho de onde estava pendurando bolsas. Mas não deu tempo e foi colhida violentamente.
Maria da Paixão, irmã da vítima
Maria da Paixão disse que todos os dias elas vendem artesanato e que sua irmã e sua sobrinha viviam uma pela outra. Vizinhos afirmaram que mãe e filha construíram a barraca para venda do artesanato do qual tiravam o sustento.
Luciano Silva trabalha na usina eólica como operador de máquinas e afirmou que a polícia que fez o curso para operar a máquina, mas não tem carteira nacional de habilitação. Sua esposa está grávida de cinco meses e se lamentou na Central de Flagrantes de ter se envolvido no acidente. Ele é morador do povoado Mororó, zona rural do município de Piracuruca. Maria da Paixão e outros moradores do local disseram que trabalhadores da usina eólica têm o hábito de ingerir bebida alcoólica após o trabalho e ficam 'cantando' pneu na estrada, bem como fazendo manobras perigosas, o que os tem irritado.
Daniel Santos para o Proparnaiba.com 

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