Após dias intensos de conversação e ameaças veladas dos dois lados, PSDB e o PMDB - de Zé Filho - chegam a um acordo sobre a composição da chapa que concorrerá às eleições 2014. Silvio Mendes disse sim, e passa a caminhar ao lado de Zé Filho, agora, respectivamente como pré-candidatos a vice e a governador.
A decisão, que será comunicada oficialmente nesta sexta-feira pelo dois partidos, marca também o fim do apoio do PMDB do Piauí à reeleição de Dilma Rousseff(PT) e a adesão do partido ao candidato do PSDB Aécio Neves, condição imposta pelos tucanos ao governador do Estado.
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| Wellington pode ter apoio do "PMDB de Marcelo" |
Implicações locais
É grande a expectativa em torno do comportamento eleitoral e político, daqui pra frente, do deputado federal Marcelo Castro (PMDB), que era o companheiro de Silvio Mendes na primeira composição da chapa governista.
Lideranças dos dois lados se questionam se a proximidade de Marcelo com Silvio Mendes será suficiente para reaproximá-lo do governador Zé Filho.
Dependendo da forma como Marcelo Castro encarou a mudança de posição do ex-prefeito Silvio Mendes, seu caminho pode ser o de, em definitivo, lançar mão da sua força política em favor da candidatura de Wellington Dias, que passaria a contar com um grande reforço, velado, mas importante.
Implicações nacionais
Marcelo Castro detém há muito anos a indicação de um dos mais cobiçados cargos Federais no Piauí: a diretoria geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes, o DNIT, cargo ocupado por seu cunhado, o engenheiro Sebastião Ribeiro.
Seria natural que o apoio “dos PMDBS” de Zé Filho e de Marcelo Castro à Aécio implicasse, de imediato, na perda do DNIT no Piauí, que, provavelmente, passaria a ser uma indicação do senador Ciro Nogueira(PP), que tem tido uma inquestionável influência junto ao Palácio do Planalto e goza da simpatia da presidente Dilma Rousseff.
Se Marcelo Castro decidir levar o seu lado do PMDB para apoiar Wellington Dias, vai garantir a manutenção do importante cargo sob sua indicação. Sua decisão ainda pode sofrer influência de Michel Temer, vice-presidente da República, apoiador da aliança do PMDB com o PT, e de quem Marcelo é muito próximo.
Capital Teresina
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