quarta-feira, 10 de julho de 2013

Mãe de Talia diz que foi 'ameaçada' por um policial

A dona de casa Elzite dos Anjos afirmou que foi pressionada por um policial a dizer que pai da jovem, Sr. Antônio Sousa, é o assassino.
Antônio Sousa e Elzite dos Anjos, pais de Talia Cristina
A mãe da estudante Talia Cristina Araújo dos Anjos, de 15 anos, que foi assassinada com uma facada no pescoço no Santuário da Mãe dos Pobres e Senhora do Piauí, no Morros da Mariana, em Ilha Grande do Piauí, a 346 km de Teresina., informou que está sofrendo ameaças de um policial. Elzite dos Anjos disse que está sendo pressionada a falar que o pai da adolescente é o culpado pela morte da filha.

Segundo Daniel Saturnino,correspondente da TV Antena 10, em conversa com o apresentador Luis Borges no programa Balanço Geral, a dona de casa confirmou que um policial a chamou para ir até Parnaíba onde deveria entregar uma documentação. No caminho, a todo tempo, o policial teria falado o seguinte: "É melhor a senhora falar logo quem foi. Nós sabemos de tudo e que a senhora sabe que foi o pai dela. Entregue ele que é melhor".

Antônio Sousa, que é pai da jovem e participou inclusive da manifestação que ontem tomou as ruas de Ilha Grande conversou com a reportagem do Portal Costa Norte e negou que fosse culpado pela morte da própria filha. "Tenho outros filhos para criar", disse ele ao portal local.

Reveja AQUI tudo sobre o assassinato de Talia.

Em entrevista, o delegado regional Rodrigo Moreira disse que a polícia trabalha na linha de quem uma pessoa próxima a Talia tenha cometido o crime, e ainda avalia se de fato uma só pessoa a matou ou se há outros envolvidos. O corpo da jovem foi encontrado na manhã do dia 03 de julho em um santuário na cidade de Ilha Grande. Um corte profundo no pescoço provocou a morte da jovem, que por pouco não foi decapitada.

Motivação seria gravidez da jovem
Considerada uma das possíveis motivações do crime, a suposta gravidez da jovem só será confirmada definitivamente após a realização de uma histopatologia, que deve ser feita no IML de Teresina. Porém, uma semana após a morte de Talia o útero ainda estava no IML de Parnaíba.

Apesar dos médicos legistas do Instituto Médico Legal em Parnaíba terem detectado o aumento no tamanho do órgão, o que indica que Talia estava com pelo menos três meses de gravidez, somente a realização deste exame deve comprovar os fatos de forma precisa.

A delegada Maria de Jesus Bastos, que preside o inquérito que apura a morte da jovem, disse que as investigações não estão paradas e já foi solicitado à justiça, perícia de objetos encontrados junto ao corpo da vítima e nas proximidades do local onde ocorreu o homicídio. Estes foram mandados para o Instituto de Criminalística em Teresina.

Entre os objetos, um comprimido e a capa do aparelho celular de Talia, encontrado em um quintal de uma residência do município. O resultado sobre o comprimido é um dos mais aguardados. As diligências continuam diariamente em Ilha Grande do Piauí e o prazo para a conclusão do inquérito é de até 30 dias. 

Da redação do Jornal da Parnaíba | Por: Apoliana Oliveira/180graus

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