Até hoje, algumas pessoas sobrevivem com esse sonho de encontrar o tesouro. Outras, se valem dos tesouros naturais para conseguir o sustento.
É do mangue que o catador de caranguejo Leandro e tantas outras famílias inteiras vivem da cata. O produto é levado para a venda na cidade e em outros estados, como o Ceará.
Quando os navegadores chegaram à essa terra perceberam que a terra tinha dono: os índios tremembés, que eram ótimos nadadores (eram conhecidos como "peixes racionais").
Uma família descendente dos tremembés ainda habita a região. Seu Militão e Dona Maria da Graça não moram em uma oca. Na casa de alvenaria e coberta de telhas, há vestígios da tecnologia. Dona Graça exibe o telefone celular, que usa para se comunicar com amigos e familiares.
As primeiras ocupações da região foram erguidas por volta de 1700. Comerciantes que usavam o rio como via de transporte, e com a criação do gado, a região começou a ser usada para descanso e guarda de animais e da carne salgada. Foi aí que o local ficou conhecido como Porto Salgado.
O professor Eweltiman Mendes explica que Parnaíba existe por causa dio rio e do mar.
O Porto das Barcas seria o local mais movimentado e mais lógico para a instalação da vila. Porém, passava 8 meses do ano inundado. O governador da província, João Pereira Caldas, então, determinou que o arraial Testa Branca fosse a sede, com a promessa de construção de 59 edificações. A tal promessa nunca foi cumprida.
A transferência definitiva da vila para o porto ocorreu e, por volta de 1770, Domingos Dias da Silva e o filho, Simplício Dias, construíram duas igrejas: a igreja do Rosário, para os negros, e, do outro lado da praça, a igreja de Nossa Senhora Mãe da Divina Graça, usada pelos brancos.
Nas paredes da Igreja da Graça, encontram-se azulejos com símbolos da Maçonaria, uma mostra do espírito libertador dos que lutaram pela Independência.
O historiador Diderot Mavignier explica que Dom Pedro era grão mestre do Grande Oriente do Brasil e a Maçonaria aproveita um conjunto de vetores que levaram à Independência.
O historiador Diderot Mavignier explica que Dom Pedro era grão mestre do Grande Oriente do Brasil e a Maçonaria aproveita um conjunto de vetores que levaram à Independência.
Parnaíba virou um centro de disceminação de ideias. As notícias chegavam lá antes de chegarem à capital. Passou a crescer uma elite que começou a intervir na política.
O também historiador Reginaldo Júnior afirma que Simplício Dias foi muito importante na luta pela Independência, em defesa da comunidade. Foi na casa onde funcionada o antigo quartel da cavalaria, que ocorriam diversas reuniões.
Parnaíba lutou e, em 1824, aderi à COnfederação do Equador. Simplício Dias morreu em 1825.
Hoje, a cidade de brisa leve e gente trabalhadora tem quase 150 mil habitantes. É a segunda maior cidade do Estado e é uma das seis cidades piauienses que completa 250 anos este ano.
Leilane Nunes
*Com informações de Karina Matos (da TV Cidade Verde)
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