LEITOR: Terremotos em Alagoas não estão descartados
Publicação: CADAMINUTO, 18/03/2010.
Os tremores de terra registrados no município de Alagoinha, em Pernambuco atentam para a possibilidade de ocorrência também em Alagoas, devido a proximidade entre os dois Estados.
Desde o último dia 8 o município pernambucano registrou 47 tremores de terra com magnitudes entre 1,8 e 3,2 graus na escala Richter. Na última quarta-feira (3), outros três tremores de terra já haviam sido registrados na cidade, totalizando 50 ocorrências, de acordo com o laboratório de Sismologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
Apesar da intensidade ter sido considerada baixa, os tremores de terra foram sentidos pelos moradores da cidade, que ficaram assustados. No final do mês passado, por exemplo, três cidades de Pernambuco, entre elas Caruaru, foram atingidas por tremores de 2,4 graus de magnitude que, segundo o Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília), não tiveram relação com o terremoto registrado na ocasião no Chile.
Em 2006 um tremor de terra atingiu cinco cidades de Alagoas e Sergipe, por volta das 23h00 e durou alguns segundos. De acordo com informações das testemunhas ouviu-se um forte estrondo e em seguida, a terra começou a tremer.
Não houve nenhum abalo significativo que pudesse refletir próximo à costa brasileira, o que pode ter ocasionado o evento local de baixa intensidade, ocorrido nas proximidades de Própria (SE), na divisa com Alagoas.
Em Alagoinhas ninguém ficou ferido e não houve registros de danos graves relacionados aos terremotos, embora algumas casas da cidade tenham apresentado rachaduras. Técnicos da UFRN explicaram que o registro de tremores de terra de baixa intensidade no Nordeste é algo comum, já que a região tem intensa atividade sísmica e ainda, que a partir de 1,5 grau de magnitude eles já podem ser sentidos pela população.
Tremores em Alagoas
O geólogo Ricardo José Queiroz explicou que há uma diferença na estrutura geológica de Pernambuco e Alagoas, que tem menos chances de registrar os tremores. De acordo com o geólogo, a facilidade desses abalos ocorrerem em Pernambuco se dá pelo fato de haver uma separação entre as placas tectônicas Sul-Americanas e Sul-Africanas, o que pode ter causado as vibrações.
“O laboratório de Sismologia da UFRN e da UFPE são responsáveis por detectar esses tremores, que ocorrem em escalas. Em Alagoas é diferente porque há uma acomodação entre as camadas de rochas sedimentares. Mas, caso elas se movam alguns abalos podem ocorrer, só que em menor intensidade. Os tremores também podem acontecer por fatores externos, como a explosão de pedreiras”, destacou Queiroz.
Último tremor de terra no Estado foi em 2006
Por Emanuelle Oliveira
Os tremores de terra registrados no município de Alagoinha, em Pernambuco atentam para a possibilidade de ocorrência também em Alagoas, devido a proximidade entre os dois Estados.
Desde o último dia 8 o município pernambucano registrou 47 tremores de terra com magnitudes entre 1,8 e 3,2 graus na escala Richter. Na última quarta-feira (3), outros três tremores de terra já haviam sido registrados na cidade, totalizando 50 ocorrências, de acordo com o laboratório de Sismologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
Apesar da intensidade ter sido considerada baixa, os tremores de terra foram sentidos pelos moradores da cidade, que ficaram assustados. No final do mês passado, por exemplo, três cidades de Pernambuco, entre elas Caruaru, foram atingidas por tremores de 2,4 graus de magnitude que, segundo o Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília), não tiveram relação com o terremoto registrado na ocasião no Chile.
Em 2006 um tremor de terra atingiu cinco cidades de Alagoas e Sergipe, por volta das 23h00 e durou alguns segundos. De acordo com informações das testemunhas ouviu-se um forte estrondo e em seguida, a terra começou a tremer.
Não houve nenhum abalo significativo que pudesse refletir próximo à costa brasileira, o que pode ter ocasionado o evento local de baixa intensidade, ocorrido nas proximidades de Própria (SE), na divisa com Alagoas.
Em Alagoinhas ninguém ficou ferido e não houve registros de danos graves relacionados aos terremotos, embora algumas casas da cidade tenham apresentado rachaduras. Técnicos da UFRN explicaram que o registro de tremores de terra de baixa intensidade no Nordeste é algo comum, já que a região tem intensa atividade sísmica e ainda, que a partir de 1,5 grau de magnitude eles já podem ser sentidos pela população.
Tremores em Alagoas
O geólogo Ricardo José Queiroz explicou que há uma diferença na estrutura geológica de Pernambuco e Alagoas, que tem menos chances de registrar os tremores. De acordo com o geólogo, a facilidade desses abalos ocorrerem em Pernambuco se dá pelo fato de haver uma separação entre as placas tectônicas Sul-Americanas e Sul-Africanas, o que pode ter causado as vibrações.
“O laboratório de Sismologia da UFRN e da UFPE são responsáveis por detectar esses tremores, que ocorrem em escalas. Em Alagoas é diferente porque há uma acomodação entre as camadas de rochas sedimentares. Mas, caso elas se movam alguns abalos podem ocorrer, só que em menor intensidade. Os tremores também podem acontecer por fatores externos, como a explosão de pedreiras”, destacou Queiroz.
Último tremor de terra no Estado foi em 2006
Por Emanuelle Oliveira
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