Cerca de 5 mil catadores de caranguejo colhem em torno de 20 milhões do crustáceo por ano.
Carnaubeiras é a maior comunidade de catadores de caranguejo do Brasil |
No povoado Carnaubeiras, zona rural do município de Araioses, no Delta do Parnaíba, está a maior comunidade de catadores de caranguejo do país. Praticamente toda a produção é exportada, sem um controle eficaz, através do município de Ilha Grade do Piauí, seguindo Para Parnaíba ou para grandes centros como Fortaleza (Ceará) onde o produto é vendido por um valor até dez vezes superior ao que recebem os pescadores.
Passando pelo mangue, a movimentação dos catadores dos crustáceos é intensa, porque faz parte de suas atividades econômicas. Eles entram no mangue com latas para fazer fumaça, impedindo a ação impiedosa dos mosquitos.
Na região do Delta do Parnaíba, 5 mil catadores de caranguejos se embrenham no mangue, colocam os braços em todas as profundezas onde se escondem e se protegem dos predadores e retiram 20 milhões de crustáceos ao ano.
Cada catador consegue pagar de 20 a 25 cordas de caranguejo, sendo que cada uma delas tem quatro animais. Isso significa que coletam de 80 a 100 caranguejos por dia.
Para evitar que a população de caranguejos seja ameaça de extinção, os catadores seguem regras rígidas: As fêmeas dos caranguejos não podem ser coletadas; só podem ser coletados caranguejos com, no mínimo, seis centímetros de carapaça e é proibida a coleta no período de reprodução, chamado de defeso, nos meses de janeiro, fevereiro e março. Em duas semanas de cada mês, a coleta dos caranguejos é proibida.
No mangue no Delta do Parnaíba também circulam, em grande quantidade, os pequenos caranguejos, conhecidos como corredeiras ou sararás, alimentos preferenciais do guará e responsáveis por sua cor. Os guarás são marrons, mas como os sararás são vermelhos, o pigmento passa a fazer parte de suas penas. Bem que dizem que se é o que se come.
Da redação do Jornal da Parnaíba
Da redação do Jornal da Parnaíba
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