Por:Pádua Marques(*)
Agora neste final de mês, entre os dias 28 e 30 no Recife está sendo realizado um dos maiores eventos empresariais do mundo, o III Encontro Internacional de Prospecção e Rodada de Negócios Confiance, evento que vai reunir num mesmo teto do Centro de Tecnologia do Nordeste, grandes grupos industriais e de serviços, alta tecnologia, empresas públicas e bancos. Gente que produz e gente que promove e faz o mundo crescer porque oferece bens de consumo e abre oportunidades de empregos.
Nordeste vai ser tema do evento como uma região de oportunidades dentro de uma perspectiva de dez anos. E pra lá certamente devem acorrer empresários de toda a região: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Alagoas e até Sergipe e Maranhão. Mas duvido que vá alguém do Piauí dar as caras por lá pra ver se traz ou aprende alguma coisa. E mais precisamente dessa região norte tendo a Parnaíba bem na ponta. Tem sim na Parnaíba é gente querendo atrapalhar o desenvolvimento.
Está marcado com os moradores da praia da Pedra do Sal, por exemplo, pra essa semana, dia 22, no auditório do Campus da UESPI, um encontro promovido pelo Centro Acadêmico de História, Núcleo de Estudos Aplicados ao Meio Ambiente, da Coordenação do Curso de História. Em Defesa da Pedra do Sal, Um Diálogo com Moradores/as, este é o nome do evento. Eles vão de novo descer a lenha nas empresas que tem interesse em desenvolver atividades produtivas e dando oportunidades pra que a Parnaíba seja destino de investimentos.
Eu não sei quem é que anda catequisando esses estudantes universitários e por extensão os moradores de que investimentos de grandes grupos vão acabar com a Pedra do Sal. Agora mesmo se ouve falar que o governo vai licitar a urbanização do porto dos Tatus, em Ilha Grande e de onde saem as embarcações pra o delta. Imagino que já deve ter alguém também interessado em cavar buraco pra dificultar a passagem das máquinas ou colocando areia no meio. A continuar com essa mentalidade cubana de que toda iniciativa privada e que envolve desenvolvimento e melhoria da oferta de bens e serviços é ruim, vamos parar aonde?
É necessário que vejamos a Parnaíba e toda a região como um espaço em mudanças. Agora mesmo está marcada pra o final do mês, dia 30, a inauguração do Centro Cultural João Paulo dos Reis Velloso, que marca a revitalização da antiga Escola Técnica de Comércio União Caixeiral, fundada em 1918. Está ou estava previsto a construção de outro centro cultural pelo Banco do Nordeste. Então é a Parnaíba se desgarrando das malhas do atraso, mas tem gente segurando as cordas! Como é que Parnaíba pode mostrar seu lado moderno se tem gente fazendo tudo quanto pode e não pode pra atrapalhar a passagem da procissão?
Como é que pode se desenvolver um polo de tecnologia, como esse recentemente inaugurado pelo governador Wellington Dias e o prefeito Florentino Neto lá no Floriópolis, se grupos contrários ao desenvolvimento criam o quanto podem dificuldades pra que se instalem indústrias aqui? Como é que pode mais uma empresa de aviação incluir na sua malha viária, trazendo pra cidade mais produtos, serviços, tecnologia e oportunidades de negócios com a vinda de empresas se tem gente puxando pra traz? Como é que pode uma tão sonhada Zona de Processamento de Exportações funcione se vai ter gente catequisando a população pra que seja fechada?
O que não pode é a gente deixar de fazer parte de uma região desenvolvida, principalmente pra os jovens estudantes que estão neste momento chegando ao mercado de trabalho. Porque pra os empresários nacionais e internacionais é muito fácil largar mão e ir embora. Porque se existe uma coisa na qual eu acredito é na iniciativa privada. É ela quem oferta oportunidades de empregos, estimula a pesquisa, oferece conforto e cria no homem o espírito da competição. Quem pensa o contrário só pode ser comunista, como dizia um camarada meu. Destá eles.
(*)Pádua Marques é jornalista e escritor
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