Sim, a entrada em cena do ex-senador e ex-governador Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa, pré-candidato do PSC a governador, reduziu a margem de liderança do senador Wellington Dias (PT), também pré-candidato ao Palácio de Karnak.
A liderança de Wellington Dias insiste em desafiar a compreensão dos adversários |
Estatisticamente, a dianteira do petista, em relação ao segundo colocado, em dois cenários diferentes, foi reduzida entre 11 e 14 pontos percentuais, comparando pesquisas sem e com a presença de Mão Santa. Mesmo assim, a liderança de Wellington é algo que chama a atenção, pela consistência de sua candidatura.
Trata-se de um posto alcançado não por acaso, mas toda sua meteórica trajetória política, desde que, saindo dos fóruns de atuação sindical, onde se destacou entre as maiores lideranças, se candidatou a vereador de Teresina, em 92, portanto, há 22 anos.
Eleito vereador mais votado daquela legislatura, na Câmara Municipal, Wellington Dias levou 18 anos para ser eleito, sucessivamente, deputado estadual, deputado federal, governador por dois mandatos consecutivos e senador. É uma das carreiras mais bem sucedidas da história da política piauiense.
Em sete anos e três meses de mandato como governador, o petista marcou época não pela perfeição, mas por avanços importantes na infraestrutura, educação, assistência à pessoa com deficiência, organização administrativa, no equilíbrio fiscal, etc. São conquistas desmerecidas por seus adversários, mas concretas, que representaram melhoria efetiva na condição de vida do piauiense, sobretudo do interior do Estado. Do ponto de vista do contexto histórico em que governou, na década passada, o petista fez um governo que pode ser considerado bom.
Populações esquecidas
É inegável, por exemplo, a importância de rodovias em quase todo o Estado, interligando dezenas e dezenas de municípios, condenados há décadas e décadas de isolamento, cujos acessos permaneceram sendo um desafio insuportável a essas populações.
Elas permaneceram esquecidas secularmente por suas elites políticas, até que Wellington assumiu o governo. É a verdade que essas mesmas elites tentam desmerecer ou fazer de conta que não existe. Há, com efeito, um evidente exagero nas críticas às “rodovias sonrisal”.
Com exceção de Alberto Silva, que, no início da década de 70, esteve à frente do processo que pavimentou rodovias federais de norte a sul, cortando todo o Piauí, nenhum governante chegou tão longe quanto o petista, neste aspecto infraestrutural relacionado à mobilidade das populações.
Isso só para discutir um aspecto. Pode-se destacar ainda, entre outros, o fato de que Wellington fez um governo de interface com os movimentos sociais. Por isso, ele está onde está, não por acaso ou obra do marketing político. É o que seus adversários parecem não entender nas pesquisas.
Por: Sergio Fontenele\Capital Teresina
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