Na abertura da Copa das Confederações, hoje em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff (PT) foi vaiada por uma elite.
Não. Não por uma elite cultural. Foi vaiada por pessoas endinheiradas que ao invés de conhecer o mundo gostam mesmo de ir uma vez por ano à Disney. Não conhecem os belos museus brasileiros mas fazem questão de visitar o Metropolitan em Nova York. Gostam mesmo é de um bom sertanejo universitário.
Não. Não por uma elite intelectual. Foi vaiada por quem gosta mesmo é de ver TV, de preferência a Globo, e se faz alguma leitura é da Veja ou de algum livro de auto-ajuda.
A elite que vaiou Dilma é a elite econômica. Uma elite que não aceita a redução das desigualdades econômicas e sociais ocorridas nos últimos 10 anos. Não aceita a possibilidade do filho do pobre estudar na mesma escola ou universidade de seu filho. Sonega impostos mas reclama das altos valores dos tributos. Reclama da corrupção mas corrompe policiais. Reclama do “custo Brasil” mas não paga os direitos trabalhistas de seus trabalhadores ou não respeita as leis ambientais. Adora falar mal do Brasil. Uma elite que não aceita um Partidos dos Trabalhadores no poder há mais de 10 anos no Brasil.
Foi a mesma elite que vaiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos Jogos Pan-Americanos do Rio em 2007.
O governo Dilma tem falhas sim. Está realizando algumas privatizações, não pressionou pela criação da Lei dos Meios de Comunicações, é tímido na reforma agrária, não abre diálogo com os movimentos sociais, aplica o gerencialismo-neoliberal em algumas áreas da Administração Pública, faz acordo e escolhe ministro de partidos como o PSD, um câncer na política.
O pior é escutar de um jornalista da CBN (rádio da Globo) que a verdadeira pesquisa é a escutada no Estádio Maná Garrincha, e não das pesquisas que dão mais de 60% de aprovação à presidenta. O povo não estava no estádio, mas sim uma elite que pagou caro nos ingressos ou ganhou o ingresso das mãos de grandes empresas patrocinadoras. Mas é bom ver todo o veneno destilado nas redes sociais de pessoas que são da mesma elite econômica citada.
Ainda bem que estamos em uma Democracia, e quem decide o futuro da nação é o povo, e não essa elite mesquinha e conservadora.
Ah, já ia esquecendo: na vitória do Brasil sobre o Japão por 3 a 0 o nome do jogo foi o corinthiano Paulinho, com gol ainda do Jô, que aprendeu a jogar futebol no Corinthians.
Blog do Tarso
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