
Sua magnífica plumagem carmesim ocorre do carotenóide cantaxantina, pigmento de cor vermelha presente nos crustáceos dos quais se alimenta. Elegante, anda vagarosamente em águas rasas e lodaçais durante a maré baixa com a ponta do bico submersa, abrindo e fechando as mandíbulas em busca de comida. Possui bico fino, longo e levemente curvado para baixo. As penas das pontas das asas têm a extremidade negra. O comprimento fica em torno de 58 cm. Os guarás mais jovens apresentam a cor pardo acinzentada nas penas superiores e esbranquiçadas nas inferiores.
Caranguejos, tais como chama maré ou sarará e o maraquani, e os camarões compõem sua dieta principal. Também se alimenta de caramujos e insetos. Está sempre em bando e seus voos coletivos, que podem se estender por sessenta ou setenta quilômetros até os manguezais impressionam a quem os assiste. Os guarás mais jovens podem formar bandos separados dos adultos. Aparecem sempre juntos e procuram a vegetação mais densa para dormir à beira dos extensos manguezais e lamaçais litorâneos.
A sua reprodução ocorre no período das chuvas. O guará se reproduz em colônias. Os ninhos são plataformas construídas de gravetos, localizados entre dois e 12 metros acima dos manguezais. Cada fêmea põe dois ou três ovos. Durante e reprodução o bico do macho se torna negro e brilhante, e a coloração vermelha fica mais viva. A fêmea mantém inalterado o bico pardacento, mais fino do que o do macho, com a ponta enegrecida.
A população de guará está reduzindo por causa da drástica caça indiscriminada. Além da carne para alimentação, suas penas são exportadas para a confecção de adereços. A captura dos ovos e a destruição e poluição dos manguezais devido à urbanização também contribui para que a espécie seja considerada extinta em outras regiões brasileiras já desde a década de 50.
Fonte/Redação do Portal Costa Norte
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