Pescador sobrevivente fala sobre naufrágio em alto mar.

Claudemir de Sousa Costa
Foto: Proparnaíba

Após uma conversa informal com um dos pescadores, Sr. João Farias, que estava ainda muito debilitado, confirmou que na verdade estavam pescando próximo a praia da Pedra do Sal, e que de onde estavam, mesmo à noite dava para avistar a usina Eólica. Por volta das 18:00hs de ontem (17), uma onda forte veio e encheu o barco de água. Percebendo que o barco iria afundar resolveram emborcá-lo para ficaram à deriva, mas tendo o apoio da embarcação e um deles, Marco Antonio,  saiu nadando até a Pedra do Sal para pedir socorro. Os outros dois ficaram no barco naufragados porque um deles, Claudemir de Sousa Costa, não sabia nadar e nem tinha experiência de mar e não poderia ser abandonado, pois fatalmente morreria.

Devido a escuridão da noite as pessoas que foram socorrer os náufragos não mais localizaram e de imediato comunicaram a Capitania dos Portos e ao Corpo de Bombeiros de Parnaíba, que passaram a procurar, mas sem sucesso.

Dos dois náufragos que foram resgatados por pescadores de Luis Correia nesta tarde por volta das 14:30 horas de hoje (18), após mais de 20 horas no mar, suportando chuvas, trovoadas, fome, sede e a escuridão, foram encaminhados ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) onde foram prontamente atendidos pela Drª Rosana, que após os primeiros procedimentos resolveu deixá-los em observação.

O náufrago Claudemir, que reside em Brasília, e sem nenhuma experiência de pesca em mar aberto, encontra-se em repouso absoluto no Hospital do Dirceu tomando bastante soro e inspira apenas cuidados pelo fato de estar muito desidratado.

João Farias disse que os dois pescadores são moradores do Morros da Mariana, município de Ilha Grande – PI, e o terceiro que não era pescador profissional reside em Brasília e está apenas visitando familiares na Ilha Grande. “Vimos a morte” relatou João Farias,

Redação: Jornal da Parnaíba