sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Projeto FaunaMar registra encalhes de tartarugas no litoral de Camocim

Nesta última terça-feira, 03, biólogos do projeto FaunaMar percorreram todo o litoral de Camocim-CE, a fim de coletar dados de tartarugas marinhas. Desde 2013, o projeto, executado pela ONG Comissão Ilha Ativa-CIA e atualmente apoiado pela Fundação Boticário de Proteção à Natureza, realiza pesquisa com estes animais no estuário dos rios Timonha e Ubatuba (PI/CE) e litoral oeste do estado do Ceará, envolvendo os municípios de Camocim e Barroquinha.
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 Segundo a bióloga Kesley Paiva, o monitoramento das praias tem como objetivo localizar tartarugas encalhadas, sejam vivas ou mortas: “Um encalhe acontece quando um animal vem à praia e não possui condições de retornar à água. Essas ocorrências têm sido observadas com frequência em todo o litoral brasileiro devido diversos fatores, dentre eles, doenças, poluição e a pesca”.
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De acordo com os técnicos, os encalhes podem fornecer dados importantes para a conservação destes animais, como distribuição, alimentação e rota migratória. Ao localizar um animal, diversos aspectos são verificados, como o tamanho da carapaça, sexo, presença de tumores, ingestão de lixo, vestígios de interações de pesca e outros. O monitoramento permite localizar também tartarugas vivas, que são avaliadas, reanimadas e reintroduzidas no mar.
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Ao longo do litoral camocinense, os biólogos registraram 18 tartarugas da espécie Chelonia mydas, conhecida como tartaruga-verde ou aruanã. Estes apresentavam-se em estágio de
decomposição avançada, não permitindo determinar a causa da morte. As praias são visitadas semanalmente, porém no trecho de Tatajuba até a praia de Guriú é realizado a cada dois meses devido o acesso. “Os encalhes localizados durante esta ronda não ocorreram em apenas um dia, mas sim no período entre novembro e dezembro”, disse a bióloga.
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O projeto FaunaMar conta com a parceria de membros da comunidade e buggueiros, que tem repassado informações sobre encalhes e desova desses animais no litoral de Camocim e Barroquinha. “A parceria entre projeto e comunidade é de suma importância para a conservação destes animais que se encontram ameaçados de extinção”, finaliza Kesley.

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