A Revista “Na Poltrona”, leitura de bordo dos ônibus da empresa Itapemirim destacou, na sua última edição mensal, duas matérias sobre as belezas naturais do município de Parnaíba, com destaque para o Delta do Parnaíba. As fotografias foram cedidas pelo empresário de Turismo Edilson Morais Brito (o Rei do Delta). A publicação tem circulação nacional e foca no potencial das cidades brasileiras, como estímulo à prática do turismo.
Veja as matérias da revista Na Poltrona.
Parnaíba: beleza e aventura
O Brasil é um país de dimensões continentais, com paisagens e costumes diversos. De norte a sul, leste a oeste, há atrações para todos os gostos. Algumas são mais notórias, como as Cataratas do Iguaçú, que acabam de ser eleitas como uma das Novas Sete Maravilhas Naturais da Humanidade, segundo a fundação New 7 Wonders. Mas outras ainda estão sendo descobertas, caso do Delta do Rio Parnaíba, entre os estados do Piauí e do Maranhão. A região já é popular entre os apreciadores dos esportes radicais, tanto que integra a Rota das Emoções.
Você sabe o que é um delta? Pela definição geográfica, o delta é a foz de um rio, que se abre em diversos braços, criando ilhas fluviais. No caso do Delta do Parnaíba, as águas do rio de 1.485 quilômetros de extensão se dividem em cinco grandes braços, formando incríveis 73 ilhas com dunas de areia branca. A foz em mar aberto é rara, e este é o caso do Delta do Parnaíba, terceiro do gênero no mundo, atrás de dois deltas mundialmente famosos: do Rio Nilo, no Egito, e do Rio Mekong, no sudeste da Ásia. Ou seja, ele é o único das Américas e fica bem aqui, no nordeste brasileiro.
A porta de entrada para se descobrir os encantos poucos explorados da região é a cidade piauiense de Parnaíba, no extremo norte do Estado, a 339 quilômetros da capital, Teresina. A localidade é banhada pelo Rio Igaraçú, o primeiro braço do Parnaíba. Na Capital do Delta viviam, há séculos, os indios tremembés, onhecidos por serem grandes nadadores.
A história da região está intimamente ligada ao rio. Na época do Brasil colônia, as expedições que cruzavam o norte do Piauí eram atraídas justamente pelas águas, usadas como rota dos comerciantes, que viam mais vantagem no transporte fluvial de cargas do que na via terrestre. Para atender essa demanda, desenvolveu-se uma infraestrutura de armazéns e foi criado o Porto Salgado, depois chamado de Porto das Barcas. No entorno dele formou-se o núcleo que deu origem à atual Parnaíba, hoje a segunda maior cidade do estado. Se não fosse pelas construções históricas preservadas, nada iria lembrar a antiga vila portuária.
Segunda matéria:
Espaço radical no Piauí
Ondas e ventos favoráveis atraem esportistas para surfar, velejar e aproveitar as belezas naturais do Delta do Parnaíba.
A região do Delta do Parnaíba, entre os estados do Piauí e do Maranhão, já é uma velha conhecida dos praticantes de esportes radicais. É na Praia da Pedra do Sal, a única da cidade de Parnaíba, que os esportistas aproveitam o vento e as ondas para surfar e se divertir com o wind surf (surf com vela) e o kite surf (surf amparado por uma grande pipa). Ela fica, na verdade, na ilha fluvial de Santa Isabel, com acesso pela rodovia PI-116, que leva também à cidade de Ilha Grande. A praia é dividida em duas. O Lado Manso tem poucas ondas e é mais deserto, bom mesmo para quem busca descansar, relaxar e pescar. Já para os aventureiros, a pedida é o Lado Bravo, o mais procurado pelos visitantes.
Além de linda, a Praia da Pedra do Sal guarda algumas curiosidades. Historiadores dizem que nas pedras do local estão inscrições que comprovariam a passagem dos fenícios pelo litoral brasileiro. Nas rochas há uma grande quantidade de urânio. A presença desse elemento metálico, usado na indução de energia elétrica e geração de energia nuclear, provoca rumores de que a região seja usada como pista de discos voadores. Moradores antigos afirmam já ter visto naves espaciais. Lendas à parte, Parnaíba e a região do delta recebem uma injeção de investimentos do governo federal com vistas ao ano de 2014, quando acontecerá a Copa do Mundo no Brasil. O Ministério do Turismo elegeu 50 destinos turísticos – próximos às cidades sedes dos jogos – para serem promovidos junto aos visitantes. Entre eles está o Delta do Parnaíba.
Outra atração fica um pouco distante, mas é imperdível: a Ilha do Caju, já no estado do Maranhão. O acesso é feito somente por meio fluvial, ou seja, é preciso navegar de lancha ou de clana – uma embarcação de casco reto – para se chegar ao destino. As embarcações saem de Parnaíba. A lancha é o meio mais rápido: chega-se à ilha em pouco menos de uma hora e meia. Já quem prefere curtir o caminho com mais calma, a opção é a mítica chalana, com viagem que dura três horas e meia. Na Ilha do Caju há opções de passeio a cavalo, visita às dunas da Baía das Melancieiras e, para quem gosta de caminhar pela trilhas, há um trekking guiado.
Parnaíba não vive somente das belezas naturais. As festas como Natal e Carnaval são grandes eventos regionais, atraindo milhares de pessoas. A vida noturna também é badalada, com vários bares que reúnem gente jovem e disposta paquerar. E se a ordem é entrar na dança, o melhor é escolher um par e cair no forró até o nascer do dia.
Vá de Itapemirim para Parnaíba (PI)
De Rio de Janeiro
Executivo: sextas-feiras às 11h50.
De São Paulo
Executivo: segundas, terças, quintas, sábados e domingos ás 12h30.
Edição do Jornal da Parnaíba | Condensado pelo acesso24horas
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