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Médico cubano Raymel Kessel constituiu família no Piauí e decidiu ficar: “Me sinto filho de Ilha Grande” — Foto: Arquivo Pessoal |
O caso do médico cubano Raymel Kessel que trabalhava no município de Ilha Grande (PI) e que após o fim do programa Mais Médicos procurou emprego até de gari e que hoje trabalha em uma funerária de Parnaíba (PI) como auxiliar administrativo foi destaque durante o Jornal Nacional da TV Globo desta segunda-feira (29) durante reportagem sobre o programa Mais Médicos que agora podem pedir autorização pra morar no Brasil. Clique AQUI e assista reportagem na íntegra.
Raynme Kesel constituiu família no Piauí e decidiu ficar: “Me sinto filho de Ilha Grande”. Ele acrescentou ainda que pretende estudar para fazer o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras) para poder trabalhar normalmente em sua profissão.
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Raymel Kessel está trabalhando como auxiliar administrativo em uma funerária de Parnaíba (PI) - Foto: Arquivo pessoal |
Vale ressaltar que existe outro médico cubano em Parnaíba trabalhando como balconista de uma farmácia na Rua Caramuru. Ele aguarda estudando para fazer o Revalida e voltar a trabalhar nos postos de saúde no programa Mais Médicos.
Nesta segunda-feira (29) o governo divulgou as regras para que os cubanos que fizeram parte do programa possam pedir autorização para morar no país. E cubanos que trabalharam no Mais Médicos podem pedir autorização para morar no Brasil.
Nesta segunda-feira (29) o governo divulgou as regras para que os cubanos que fizeram parte do programa possam pedir autorização para morar no país. E cubanos que trabalharam no Mais Médicos podem pedir autorização para morar no Brasil.
O Ministério da Saúde estima que cerca de 2 mil médicos cubanos ficaram no Brasil após o fim do convênio com a Opas, a Organização Pan-Americana de Saúde, em novembro de 2018. Eles escolheram ficar, mesmo sem saber o que seria do futuro.
Osmani Fuentes, que foi para a cidade de Salgueiro, no sertão de Pernambuco, não conseguiu arrumar outro emprego porque não tinha carteira de trabalho: “Eu cheguei a falar com um monte de pessoas, de loja, de mercadinho, de gari. Você não tem ideia. E eles me falaram: ‘Olha, não tem carteira de trabalho, não pode contratar’".
Para resolver situações como a do Osmani, o governo definiu as regras para que os cubanos que fizeram parte do Mais Médicos possam pedir autorização para morar no Brasil. O objetivo é “atender ao interesse da política migratória do país”.
Para legalizar a situação, o médico cubano deve apresentar um pedido à Polícia Federal e uma série de documentos, entre eles, os comprovantes de que atuou no programa. A autorização vale por um período de dois anos.
O Ministério da Saúde está elaborando um novo programa e discutindo algumas possibilidades, como o retorno dos cubanos para o Sistema Único de Saúde. O governo também quer que eles atuem no Saúde da Família, por pelo menos dois anos, e que, nesse prazo, façam o Revalida, o exame que permite que um diploma obtido no exterior seja reconhecido no Brasil.
Edição: José Wilson / Jornal da Parnaíba com informações adicionas do G1
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