terça-feira, 9 de abril de 2013

Tartarugas de Couro São Identificadas Pela Primeira Vez na Costa Nordestina

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A presença da tartaruga de couro no Delta do Parnaíba fez mudar os rumos das pesquisas no país. Até então, a desova regular da espécie só ocorria no litoral do Espírito Santo.
Um projeto desenvolvido por biólogos de uma ONG e das universidades federais do Piauí e do Maranhão identificou, pela primeira vez, a presença de tartarugas de couro na costa nordestina. É a maior das espécies e uma das mais ameaçadas.
As tartarugas aproveitam a escuridão da noite para sair do mar em busca de um lugar seguro para fazer os ninhos.
As fêmeas chegam a pesar 900 kg e fazem um esforço tão grande que já estão exaustas quando removem a areia e depositam os ovos na praia. Um momento raro, que só ocorre de quatro em quatro anos.
A presença da tartaruga de couro no Delta do Parnaíba fez mudar os rumos das pesquisas no país. Até então, a desova regular da espécie só ocorria no litoral do Espírito Santo.
As tartarugas de couro estão entre as espécies mais ameaçadas do planeta, daí o esforço dos biólogos. Eles monitoram a migração dos animais que se alimentam na costa africana e cruzam o Atlântico para desovar no Delta do Parnaíba, um arquipélago com 80 ilhas na divisa do Maranhão com o Piauí.
A temporada de reprodução vai de janeiro a julho. O nascimento dos filhotes ocorre 50 dias após a desova.
A vigilância da ciência nesta fase representa uma esperança a mais para a espécie. De cada 1000 filhotes que nascem apenas um vai alcançar a idade reprodutiva, aos 30 anos.
“As tartarugas marinhas desempenham um papel importante na natureza e o fato de ter tartaruga marinha ainda frequentando a nossa região sinaliza um ambiente saudável”, comenta a bióloga Werlane Mendes.
O projeto existe há seis anos e já devolveu para o mar 90 mil filhotes de tartarugas de cinco espécies, mas ainda tem um desafio pela frente: evitar a morte dos animais  que ficam presos nas armadilhas de pesca.
“A tartaruga marinha não é um bicho meu nem seu. É um patrimônio natural e todos devem estar fazendo parte desse trabalho”, afirma a bióloga Edlayne Mendes de Santana.
Foto: Google
Fonte:Jornal Nacional

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