O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, anunciou para o dia 22 de setembro a primeira etapa dos mutirões de cirurgias de cardiopatia congênita. O anúncio foi feito nessa quarta-feira (29), durante reunião com o secretário municipal de Saúde, Silvio Mendes, e o médico Paulo Cortelazzi, do Hospital São Paulo.
Uma equipe de médicos especializados na área de cardiologia pediátrica do Instituto do Coração do Pernambuco virá ao Piauí para realizar os procedimentos num hospital da rede credenciada. “Até o fim do ano, nossa meta é atender 20 crianças, restabelecendo a saúde e dando mais qualidade de vida para elas, como também para toda a família”, afirma Florentino, anunciando ainda que foi autorizada a realização de cateterismo neonato, já que o Estado não oferta o serviço, o que obriga o deslocamento do bebê para outros centros de saúde. “Da mesma forma das cirurgias de cardiopatia, vamos realizar cateterismo neonato aqui no estado, na rede credenciada”, completou o gestor.
Florentino explica que os pequenos pacientes já passaram por uma nova triagem, com a realização de consultas e exames de imagem, como angiotomografia, atualizando o diagnóstico das crianças. Os procedimentos ambulatoriais foram feitos em conjunto com a Fundação Municipal de Saúde (FMS).
Com a realização dos mutirões, as crianças que antes iriam para outros estados, como Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e ainda o Distrito Federal, seja por meio da Central Nacional de Regulação em Alta Complexidade (CNRac) e atendidas pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD) farão a cirurgia em Teresina.
Um dos médicos que vai acompanhar os procedimentos, o cardiologista Paulo Cortelazzi, explica que, em média, por mês, dez crianças passam pelo procedimento no estado. De 2015 para julho de 2017, foram 195 crianças operadas no único hospital do estado credenciado a realizar o procedimento. “Há dois perfis para cirurgia de cardiopatia: aquelas crianças com até 6 meses e peso abaixo de 5kg, o que representa 10% dos casos e que não temos condições de realizar o procedimento aqui, tanto pela estrutura hospitalar como médica, e aqueles pacientes com mais de 6 meses e acima de 5kg, que realizamos as cirurgias aqui e que representam 90% dos casos”, explicou o médico.
Cortelazzi acrescenta ainda que, com os mutirões, será possível atender as crianças com peso e idade que atualmente não são assistidas no estado. “Se a criança está no perfil acima de 6 meses e com mais de 5kg, ela entra na programação cirúrgica do hospital. Com os mutirões, que é organizado com a equipe de fora, vamos focar naquelas crianças que hoje não são assistidas em Teresina, que são aquelas com menos de 6 meses e peso abaixo de 5kg e que já estão com processo na secretaria para realizar o tratamento fora”, afirma Paulo.
Autoria: Graciene Nazareno
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