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Nos últimos dois anos, o Projeto Pesca Solidária, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental, executado pela Comissão Ilha Ativa (CIA), desenvolveu inúmeras ações de Educação Ambiental (EA) nos municípios e comunidades envoltas ao estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Com perspectivas de sensibilização e mudanças de hábitos, as atividades envolveram os mais diversos grupos sociais e faixas etárias.
“Tivemos o cuidado de planejar ações que pudessem não só atingir os cidadãos com as propostas ambientalistas da EA, mas que cada um pudesse ser um agente ativo transformador, capaz de propagar as boas ideias e ações. Por isso incluímos formações de multiplicadores ambientais e capacitações para docentes das inúmeras escolas apoiadoras do Projeto”, declara Ana Brandão, coordenadora de Educação Ambiental do Pesca Solidária.
Mais de 70 professores das redes de ensino municipais/estaduais dos municípios de Barroquinha e Chaval no estado do Ceará e cajueiro da Praia no Piauí. tiveram a oportunidades de complementar sua formação através de capacitações que levaram aos profissionais diversas ferramentas que podem auxiliá-los em sala de aula, quando da exposição de conteúdos relacionados ao meio ambiente. Dentre elas, contação de história, o uso de fotografias e os jogos lúdicos educativos feitos a partir de materiais reutilizados, afim de despertar os estudantes sobre as degradações da imagem natural pelas ações humanas e a possibilidade de aprendizado divertido, respectivamente.
Através dessas experiências, o Projeto, que tem o importante patrocínio da Petrobras, pode elaborar materiais didáticos voltados para a realidade local. Os jogos “Memórias da pesca” e “Na trilha do estuário” foram desenvolvidos e entregues nas escolas parceiras, junto com uma capacitação para os professores, para utilização adequada dos mesmos.
“Temos que definir objetivos quando planejamos ações educativas como essas, pois já é conhecimento comum a necessidade de cuidar do meio ambiente, pois todo mundo sente na pele as mudanças; seja na falta de chuvas, na falta de pescados, no aumento da temperatura, entre outros. Por isso ficamos grandemente alegres quando vemos os resultados fluindo nas comunidades. E um exemplo em Cajueiro da Praia é a preocupação vinda dos próprios jovens sobre esses problemas, que se juntaram num grupo para fazer valer suas vozes”, completa Ana Brandão.
O grupo Caju Eco Sustentável é um conjunto de jovens do município de Cajueiro da Praia, que juntos planejam ações socioeducativas como oficinas, cursos, cines educativos, ecoeducação, limpezas de praias, passeios ciclísticos, entre outros. As propostas são planejadas com o foco na valorização dos recursos naturais da região e a possibilidade de ações turísticas sustentáveis que venham trazer desenvolvimento local.
“Chegamos às comunidades com a ideia de valorizar os conhecimentos que eles já possuem sobre os locais onde moram, pois isso é cultura e deve, além de ser reconhecido, valorizado, salvo e divulgado, assim, o Projeto também realizou as atividades do Pesca História, momentos onde coletamos histórias acontecimentos, lendas e mitos dos pescadores da região para montagem de uma cartilha com uma linguagem acessível para todos os públicos”, informa Ana Brandão.
A Educação Ambiental perpassou todos os mais diversos eixos trabalhados pelo Projeto. Destaca-se: a luta pela preservação de espécies sob risco de extinção, como o peixe-boi marinho, e a divulgação da biodiversidade natural presente na região; a necessidade de cuidar do meio ambiente público por meio de explanações sobre o descarte correto de lixo, além de campanhas de limpeza de praia e espaços urbanos; discussões sobre ações sustentáveis; formação de multiplicadores e realização de espaços onde crianças e jovens pudessem ser criativos na produção de textos e músicas.
“Somos gratos pelo acolhimento das escolas, professores, pescadores e comunidade em geral. As transformações trazidas pela Educação Ambiental são percebidas com o tempo e as crianças são essenciais nesse processo. Não podemos esquecer que as ações individuais refletem na sociedade, por isso cada um tem que saber como se portar de forma a valorizar o meio em que vive”, finaliza Ana Brandão.
Ccom Pesca Solidária
Fotografias: Arquivo Pesca Solidária
Edição: Proparnaiba.com
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