quarta-feira, 12 de março de 2014

PONTE DE LUZILÂNDIA: Dinheiro público para a obra 'irrigou' campanha eleitoral

Em 2009, depois de se esgotarem todas as reivindicações junto ao Ministério da Integração Nacional, o Governo do Piauí resolveu intervir na obra da Ponte de Luzilândia e prometeu concluí-la com recursos próprios. 

De lá para cá já se transcorreram 4 anos e a obra ainda não foi concluída. Várias datas foram marcadas para sua inauguração, mas o impasse continua.

O Tribunal de Contas da União (TCU), através de uma auditoria criteriosa, determinou que fossem suspensos quaisquer liberações de recursos federais para a obra, em virtude de irregularidades constatadas em licitações, bem como desvios de recursos e superfaturamento, procedimento encaminhado ao Ministério Público Federal e que foi instaurado em 2011.
Segundo as auditorias do TCU, suspeitou-se na época que esses desvios de recursos da Ponte de Luzilândia poderiam ter servido para "irrigar" (ser usado) campanha eleitoral. O caso tomou contornos graves para uma investigação mais aprofundada, perdendo o Piauí o crédito para obter recursos do Governo Federal para concluir a obra.

Dos recursos do PAC, o Ministério da Integração Nacional já tinha empenhado 98% de todos os valores para projetos de revitalização dos rios Parnaíba e do São Francisco, o Velho Chico, e o Proágua que incluem 20 ações desenvolvidas nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, totalizando R$ 2.230.010.257,79 bilhões. Dentro desse montante, a obra da ponte ficou de fora, em virtude das determinações do TCU.

Após a eleição de 2010, informações oficiais da Contoladoria Geral da União davam conta de que do total de R$ 12 milhões liberados pelo Governo Federal, através da Codevasf, pelo menos  R$ 7 milhões e 200 mil não foram aplicados na ponte, os quais teriam sido desviados, resultando numa investigação sobre a suspeita de que esses valores foram usados e/ou desviados para a campanha eleitoral de 2010. 

O caso é tão grave que resultou na abertura de um inquérito policial junto à Polícia Federal, que está correndo e terá seu resultado ainda previsto para 2014.
JL/Ivo Júnior/Sinopse

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