O deputado federal Marcelo Castro afirmou nessa quarta-feira (18) que acredita que o MDB vai continuar apoiando Wellington Dias (PT) mesmo depois dele anunciar que Themístocles Filho não será seu vice, mas sim Regina Sousa (PT). Sobre sua possível candidatura ao Senado, ao lado de Ciro Nogueira, o deputado foi categórico ao afirmar que a decisão está "nas mãos do partido".
A bancada do MDB está reunida na sede do partido na manhã desta quarta-feira, para definir que rumo tomar nestas eleições após o encontro com o governador na terça-feira (17) no Palácio de Karnak. Participam da reunião os deputados do MDB, Themístocles Filho, João Mádson, Zé Santana, Ismar Marques, além de Fábio Xavier, presidente estadual do PR, e o ex-deputado Tererê (PTC).
O deputado federal destacou que “tudo pode acontecer em política", mas disse que o partido não trabalha com a possibilidade de romper com o Governo Wellington Dias. "Nós não trabalhamos com essa hipótese [romper com o Governo], pois não vejo nenhuma razão para o MDB sair do Governo porque em todas as entrevistas que o governador Wellington Dias deu, vocês podem ir atrás dos arquivos de vocês, o que é que ele disse?
O MDB vai participar da chapa majoritária, não disse que era vice, não disse que era senador e muitas vezes citou o nome do deputado Themístocles e citou o meu nome. O que eu acho que as pessoas estavam mais ou menos com a ideia é que se o nome fosse de senador, o nome seria o meu, mas isso são coisas que o partido vai decidir. Então no meu entendimento, o governador Wellington Dias está cumprindo aquilo que havia prometido ao MDB, a chapa proporcional para deputado estadual e deputado federal e a participação do MDB na chapa majoritária. Então o governador está 100% cumprindo aquilo que publicamente ele disse com relação ao MDB”.
A decisão do governador desagradou boa parte dos emedebistas que estavam contando com escolha por Themístocles. A briga pela vaga de vice é porque, se for reeleito, Wellington deve sair do cargo para disputar o Senado nas eleições de 2020. Dessa forma o vice assume o comando do Governo do Piauí. Marcelo Castro pontuou que se espera um entendimento para que a legenda continue apoiando o governador. “Quem tem prazo não tem pressa, então nós vamos ficar em negociação em discussão interna até a gente chegar a um consenso que seja o melhor para o partido, para o conjunto e sobretudo para o estado do Piauí, mantendo naturalmente o governador Wellington Dias como nosso candidato a governador para continuar o trabalho que ele vem fazendo no estado", afirmou.
Ele destacou que poderá ser feita uma nova proposta para Wellington. "O governador nos fez uma contraproposta e o MDB vai se reunir, vai discutir esses dias e pode fazer uma outra proposta, é evidente que não tem nada fechado ainda. O MDB vai discutir agora sobre a contraproposta que o governador nos fez. Nós estamos em entendimento, em negociação.”, afirmou.
Disputa proporcional
O Partido dos Trabalhadores estava querendo ir para a disputa proporcional, para deputado estadual e federal, em chapa pura. Wellington então propôs que o “chapão”, com todos os partidos aliados, só aconteceria se Regina Sousa fosse a vice. O chapão beneficiaria os aliados do governador, pois aumentam as chances dos partidos elegerem mais deputados.
Marcelo Castro afirmou que o governador explicou a situação e que tudo será discutido internamente. “Ontem o governador nos chamou e comunicou que depois de muita articulação, de muita conversação, vocês sabem da resistência do PT em não querer fazer a coligação proporcional, mas então encontraram essa solução. Haverá a coligação proporcional para todos os partidos da base e o governador nos contrapropôs o lugar de senador. E esse lugar de senador o nome mais ventilado no momento seria o meu nome. O MDB agora, diante da contraproposta que o governador nos fez, nós vamos nos reunir, vamos discutir, temos tempo até o final da semana”, destacou.
Marcelo Castro e Wellington Dias já estariam articulando esse acordo há alguns dias, o que pegou de surpresa alguns emedebistas, que apesar de muitos não concordarem, essa seria a única forma de conseguir o chapão que ajudaria na reeleição dos deputados do partido.
Vaga de senador
O deputado Marcelo deixou claro seu interesse pela vaga. “Eu estou nas mãos do partido. Evidente que eu tenho uma opinião própria, se o partido me escolher como candidato eu aceito com a maior honra e vou para a campanha e espero, se for candidato e for eleito, fazer um bom trabalho em favor do meu estado”, disse.
Fonte: GP1
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