Após reunião com o delator do mensalão Roberto Jefferson, o presidente Michel Temer (PMDB) bateu o martelo: a nova ministra do Trabalho será Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do próprio Jefferson e deputada federal desde 2015.
Com 44 anos, Cristiane é advogada e já foi vereadora no Rio de Janeiro por três mandatos. Votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) e pelo arquivamento das denúncias contra Temer nas duas ocasiões em que o assunto foi debatido pelo Legislativo. Além disso, votou de maneira favorável à reforma trabalhista e à PEC do Teto.
Cristiane também é autora de um projeto de lei polêmico. Ela tentou regulamentar a roupados frequentadores do Congresso e o tamanho dos decotes utilizados, mas a iniciativa não vingou.
Cristiane Brasil teria recebido R$ 200 mil como caixa dois, de acordo com delatores
Os delatores da Odebrecht acusam a deputada federal de ter recebido R$ 200 mil como caixa dois durante seu período como vereadora, o que ela nega.
Quando anunciou a nomeação de sua filha, Roberto Jefferson chorou e afirmou tratar-se de um “resgate da família” após o mensalão. Em 2005, ele foi o pivô do escândalo que atingiu o então presidente Lula (PT) ao denunciar a compra de deputados federais. Chegou a ser preso, teve o mandato cassado mas está no regime aberto desde 2015.
Segundo Jefferson, ao ligar para a filha e falar sobre a possibilidade de assumir o ministério, ela afirmou: “pai, eu aceito”.
Jornal do Brasil
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