Das águas do Delta do Parnaíba elas retiram o sustento por meio de um ofício tradicional, que passa, muitas vezes, através das gerações de uma mesma família. São as marisqueiras de Ilha Grande, município piauiense distante 348 quilômetros da capital Teresina. Reunidas na Associação dos Catadores de Mariscos de Ilha Grande, o grupo de 45 mulheres recebeu o apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para incrementar seu trabalho.
Entre os itens fornecidos estão aventais, luvas de segurança, caixas d’água, de isopor e plásticas, balanças eletrônicas, redes, tarrafas, mesas de evisceração, freezer horizontal, barco e motores, totalizando um investimento de aproximadamente R$ 100 mil em inclusão produtiva.
Para a presidente da Associação, Maria Luíza Santos, os equipamentos estão proporcionando melhorias nas condições de trabalho das marisqueiras. “Antes era ruim porque a gente não tinha a estrutura que tem hoje. O material que a gente recebeu da Codevasf já está ajudando muito, e temos um galpão quase pronto para o beneficiamento do marisco”, afirma.
O quilo do marisco varia de R$ 4,00 a R$ 6,00, a depender da produção apurada. Além de fornecer o produto diretamente a algum comprador na região, as marisqueiras, a fim de incrementar a renda e agregar valor, preparam iguarias como farofa, vatapá, caldo e baião de dois e vendem em casa, em eventos ou numa conhecida feira local que costuma ocorrer às terças-feiras no campus da Universidade Estadual do Piauí (Uespi).“Agora mesmo, no Festival do caranguejo, que acontece em Ilha Grande, eu fiz um baião de dois e ganhei o primeiro lugar. Todo mundo queria comer”, conta, orgulhosa, a marisqueira.
Fonte/Portal F.Santos
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