Além do Espírito Santo, foi identificada uma nova região de desova de tartaruga-de-couro.
Werlanne Mendes de Santana Magalhães é natural de Parnaíba, Mestre em Biologia e fundadora da ONG Instituto Tartarugas do Delta, criado em 2006. |
A espécie está na "lista vermelha" da União Internacional para a Conservação da Natureza e é considerada, pelo Ministério do Meio Ambiente, "criticamente em perigo". A região norte do Espírito Santo era considerada a única com desovas regulares dessa tartaruga no país. Por lá, menos de 20 fêmeas colocam os ovos anualmente.
O Instituto Tartarugas do Delta fez a descoberta recente no litoral do Piauí graças a uma série histórica de dados, relativamente contínua, sobre registros desde 2006.
Segundo a coordenadora do instituto, Werlanne Magalhães, grande parte desse trabalho, que engloba outras espécies de tartarugas, é realizado por voluntários. E a falta de financiamento tem sido um problema.
Em 2019, os pesquisadores colocaram um transmissor em uma tartaruga-de-couro. De acordo com dados de satélite, essa fêmea nadou até a costa leste do Canadá, conhecida área de alimentação da espécie. Isso sugere que a população viva no Atlântico Norte. Por isso, o período de desovas no Delta do Parnaíba, entre maio e julho, é diferente do Espírito Santo, entre outubro e janeiro.
Por Gabriel Correa - Repórter Rádio Nacional - São Luís - MA
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