O levantamento destes quelônios vem sendo realizado desde 2013, que além de Camocim, envolve o município de Barroquinha; e ainda o estuário dos rios Timonha e Ubatuba, na divisa do Piauí e Ceará. A pesquisa visar levantar dados de tartarugas encalhadas vivas ou mortas; e possíveis ocorrências reprodutivas, como ninhos, ovos, filhotes e rastros dos animais nas praias.
Ao longo da atividade, a equipe registrou a primeira ocorrência de comportamento reprodutivo, um rastro de uma tartaruga, que subiu à Ilha do Amor para desovar. No entanto, foi constatado que o animal não depositou os ovos. “Quando a tartaruga sai do mar e retorna sem desovar, deixando um rastro em forma de “U”, denominamos esse processo reprodutivo como “meia-lua”. Neste caso, constatamos esse fenômeno e possivelmente a fêmea deve retornar nos próximos dias para efetuar a desovar”, disse a bióloga Kesley Paiva.
O técnico Waldemar Neto, graduando em biologia, afirma que os pescadores da área relatam a utilização das praias de Camocim e Barroquinha para a desova de tartarugas. Entretanto, este é o primeiro registro da equipe em campo.
Segundo os biólogos, a partir desta ocorrência, os monitoramentos serão concentrados, visando flagrar as fêmeas e proteger os ninhos. “O registro desses dados é de suma importância para acompanharmos todo o processo reprodutivo, desde a subida da fêmea para a postura, acompanhamento dos ninhos durante a fase de incubação e o nascimento dos filhotes”, disse Kesley.
Além deste registro, a equipe localizou oito tartarugas mortas ao longo do litoral, sendo sete exemplares da espécie Chelonia mydas, conhecida como tartaruga-verde e uma tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata).
A comunidade pode colaborar repassando informações por meio do contato do (86) 9467-3012, (86) 9823-8974, (86) 9958-4519 e 9852-7920.
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