Sobre um terreno ao lado da pousada mais badalada de Barra Grande, no litoral piauiense, o governador Wilson Martins construiu sua casa de praia.
Seria o local apropriado para um ex-governador descansar após período dedicado ao seu povo, mas é um local impróprio para o pré-candidato a senador, em pleno ano eleitoral, construir uma mansão.
No cobiçado terreno que teria sido adquirido por quase meio milhão de reais, Wilson construiu uma pequena-grande mansão, com vista para o mar, avaliada em mais de R$ 2 milhões. Para fazer o mais novo empreendimento no litoral, seria necessário economizar, durante 184 meses, os R$ 13 mil que o governador recebe de salário. Seriam 15 anos de suadas economias. Mas o mandato de Wilson é de apenas quatro anos, e talvez dure 39 meses.
Wilson Martins não avisou ao povo que iria inaugurar sua mansão no carnaval. Diferente do que faz quando inaugura a menor das obras de seu governo, não chamou a imprensa, nem fez uso do colunismo social, como é de praxe. A inauguração não teve discursos inflamados e os frequentadores da pousada BGK ouviram apenas o tirintar dos copos de whisky e muitas risadas, sem saber do que ou de quem o governador e seus poucos convidados sorriam.
Riam, talvez, do povo inocente que não conseguiu enxergar a construção do tal empreendimento em tão pouco tempo. Ou da imprensa, calada, que não escreveu uma linha sobre o assunto.
Não há nada de errado em um homem de posses construir mansões em cobiçados paraísos alvos de especulações imobiliárias, mas, tem tudo de errado num homem público que, em teoria, vive exclusivamente dos 18 salários mínimos que recebe todo mês, não tornar claro como adquire seus bens.
Capital Teresina/Pimenta do Reino
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