sábado, 4 de janeiro de 2014

“PT não pediu para sair. Foi colocado para fora”, REAGE WELLINGTON DIAS

Foi a primeira vez que Wellington falou à imprensa após um recesso de dez dias em viagem com a família pela Europa.
O senador Wellington Dias (PT-PI) disse que o PT não pediu para sair do Governo Wilson Martins (PSB) e que o partido foi posto para fora, mesmo contra a vontade. “Não pedimos para sair. Fomos botados para fora do governo. E isso aconteceu de uma forma que não me agradou. Logo no Natal, em um momento de reflexão”, afirmou o petista, sobre a exoneração, pelo governador, dos petistas que ocupavam cargos no Governo Estadual o início do segundo Governo de Wilson, em janeiro de 2011.

Foi a primeira vez que Wellington falou à imprensa após um recesso de dez dias em viagem com a família pela Europa e ausente de qualquer discussão política sobre a sucessão estadual. Ele explicou a O DIA por que não aconteceu a reunião entre ele e Wilson prevista para o dia 28, última tentativa de acordo entre os dois partidos, que vinham se estranhando há alguns meses.

Segundo ele, ao contrário do que foi anunciado na imprensa, não estava marcada formalmente uma reunião entre os dois para discutir o assunto. “Eu apenas liguei para o governador antes do Natal para desejar boas festas e disse que voltaria no dia 28 de dezembro. Ele, então, me convidou para tomar um vinho quando voltasse. Mas, ao chegar a Teresina, ele já tinha ido para o litoral. Na véspera do réveillon, tentei ligar para ele, mas não consegui. Então enviei uma mensagem, mas não obtive uma ligação de volta”,contou.

Quando Wilson Martins exigiu, no início de dezembro, que o PT e demais partidos que não estivessem alinhados com o projeto político do Governo Estadual teriam que entregar os cargos até o dia 2 de janeiro, foi Wellington quem convenceu o PT a não deixar o governo. O argumento usado pelo senador era que Wilson Martins, apesar de ter manifestado interesse em apoiar a candidatura de Zé Filho (vice-governador), ainda não havia definido quem seria o candidato que apoiaria em 2014.

“Fui viajar tentando convencer meu partido a não se precipitar e quando voltei, já percebi essa situação”, afirmou Wellington, lembrando que, ao voltar da Europa, encontrou os petistas indignados com a pressão sofrida por parte do governador. “Como o governador não tinha apresentado nenhum candidato ainda, nós entendemos que não havia motivo para sair”, justificou.
Repórter: Francicleiton Cardoso/Portal ODia

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