De acordo com Jane Oliveira, gerente comercial da agência de turismo Eco Adventure, até novembro de 2024, mais de 10 mil turistas foram atraídos para a Rota das Emoções devido ao trabalho da empresa. As projeções para 2025 são ainda mais promissoras, com a expectativa de um aumento expressivo no fluxo de visitantes.
“2024 foi um ano muito bom, que rendeu muito pro turismo e a gente espera que isso também venha em 2025. A gente já consegue observar que esse número tem crescido, que a demanda por busca no passeio pela região tem aumentado e a gente, claro, como uma das maiores empresas que trabalha com a Rota das Emoções, tem esse compromisso com a nossa cidade, né? Que é trazer o turista do Brasil e do exterior para vir para esse espaço”, afirmou Jane Oliveira.
Compreendendo a relevância do turismo para a economia local, o Piauí está investindo na criação do Observatório de Inteligência Turística. Coordenado por Vicente Borges, o projeto visa coletar, analisar e disseminar dados sobre o turismo na região, com foco especial no Delta do Parnaíba.
Vicente Borges é vice-reitor da Universidade Federal do Delta do Parnaíba e coordenador do Observatório de Inteligência Turística |
“O Observatório de Inteligência Turística do Piauí está começando a desenvolver seu trabalho na busca por dados e informações do trade turístico de maneira geral — da hotelaria, do agenciamento e dos transportes — para identificar, primeiramente, qual é o fluxo de fato que cada empreendimento ou setor detém. Assim, é possível dimensionar exatamente qual o papel do turismo na economia do nosso estado”, explicou Vicente Borges.
Além da coleta de dados, o coordenador destacou a crescente necessidade de profissionais qualificados no setor. Para atender essa demanda, a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) oferece anualmente vagas para o curso de Turismo, com o objetivo de formar profissionais capacitados a impulsionar o desenvolvimento do setor no estado.
Prévia do site do Observatório. |
“A formação do turismólogo aqui [na UFDPar] é muito importante, não só para o aprimoramento e a manutenção da qualidade dos serviços, mas, fundamentalmente, para uma melhor gestão dos empreendimentos turísticos. Um ponto central é que esses turismólogos têm a condição de organizar os dados das empresas, não apenas para sua própria gestão, mas também para auxiliar no planejamento estratégico do turismo no estado”, destacou Vicente.
O Observatório de Inteligência Turística, cuja plataforma digital centralizará os dados do setor em um único ambiente, está previsto para ser lançado ainda em 2025. Segundo Vicente, o projeto conta com a participação de 32 acadêmicos de instituições como UFDPar (Parnaíba), UESPI (Teresina) e IFPI (São Raimundo Nonato). Além disso, o sucesso da iniciativa depende da colaboração de empreendedores locais, como donos de pousadas e outros negócios do setor, que fornecerão informações sobre hospedagens e recepção de turistas para integrar à plataforma.
“O Observatório de Inteligência Turística não analisa apenas o fluxo turístico, mas também identifica outras variáveis que influenciam o setor. A qualidade do turismo melhora quando o poder público e o setor privado têm acesso a informações obtidas com metodologia científica, o que garante a confiabilidade necessária para alocar recursos e dimensionar os quadros profissionais”, concluiu Vicente Borges.
Por Lucas Zadoque | PCN
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