"Acredita-se que Maceió foi atropelado acidentalmente por alguma embarcação. O acidente aconteceu há pelo menos 15 dias, porém não é possível afirmar em qual localidade ocorreu, considerando as correntes de deriva litorânea no Ceará que podem deslocar um animal como este por centenas de quilômetros em poucos dia", informou a Aquasis por meio de nota.
Análise no corpo do peixe-boi constatou diversas cicatrizes e cortes na pele, alguns sugestivos de terem sido provocados por hélices de embarcação. A escápula, osso da região equivalente ao ombro nos peixes-bois, estava fraturada e havia hemorragia nos músculos do local.
"Em função da dor, estresse e limitação nos movimentos, o animal passou a apresentar dificuldades para se alimentar, perdeu peso e desenvolveu inflamações graves no estômago e intestino. O quadro clínico do peixe-boi evoluiu de forma negativa, ficou bastante debilitado e acabou morrendo por afogamento. Exames para diagnósticos complementares serão realizados para auxiliar na melhor compreensão do caso", informou a Aquasis.
Maceió levava esse nome em alusão ao local em que foi resgatado após encalhar ainda quando era filhote no Pontal do Maceió, em Fortim/CE. Ele foi monitorado por sete anos e solto no fim de maio na Praia de Peroba, em Icapuí/CE. Logo depois, ele perdeu o equipamento de rastreamento e só foi encontrado no último dia 22 de julho após encalhar novamente e não resistir aos ferimentos de um possível acidente.
A morte de Maceió abalou toda a equipe de profissionais da ONG que atua no Ceará no resgate e reabilitação de peixes-bois, golfinhos e baleias no litoral do Ceará.
"Apesar da perda difícil, seguiremos firmes com o nosso compromisso de atuar pela conservação desta espécie ameaçada de extinção. Agradecemos ao apoio e solidariedade de todos os amigos, parceiros, colaboradores e voluntários que se juntam a nós nessa causa nobre", encerrou a nota.
Fonte: Cidadeverde.com
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