segunda-feira, 19 de novembro de 2018

MPT participa de documentário gravado na cidade de Ilha Grande.


Uma empresa holandesa de grande atuação na Europa, uma das principais compradoras da cera de carnaúba do Piauí e do Ceará, está produzindo um documentário com enfoque na extração e produção desta matéria-prima utilizada em diversos segmentos da indústria mundial. O documentário tem por finalidade divulgar na Europa a ideia de comercializar produtos apenas das empresas que cumprem a legislação trabalhista brasileira e valorizam a sustentabilidade social em toda a cadeia produtiva.
As gravações aconteceram durante inspeção conjunta entre Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério do Trabalho (MTb) no município de Ilha Grande, ao norte do Estado do Piauí, onde trabalhadores faziam a extração da palha da carnaúba. A gravação também contou com a participação dos auditores fiscais do trabalho que atuam na fiscalização das atividades de corte da palha e extração de pó de carnaúba. “Enaltecemos o exitoso trabalho em conjunto do MPT e MTb na fiscalização da atividade, as relevantes conquistas já obtidas ao longo de quase seis anos do projeto ‘Palha Acolhedora’ e, ainda, a importância social e econômica da atividade”, explica o Procurador do Trabalho, José Wellington Soares.
Durante as filmagens, o procurador fez uma retrospectiva dos trabalhos realizados pelo MPT desde 2012. O projeto passou pelas fases de conscientização, fiscalização e colheita de termos de ajuste de conduta com toda a cadeia produtiva da palha da carnaúba no Piauí, inclusive com as empresas exportadoras. “Desta forma, pretendemos garantir que todos que laboram na atividade obedeçam às leis trabalhistas e promovam o trabalho decente, o que implica a valorização das empresas que atuam de maneira correta e também do próprio produto”, destacou o procurador.
Em razão desse trabalho, muitas empresas já se ajustaram. No entanto, é importante que a indústria só negocie com quem respeita os direitos trabalhistas e sociais e, sobretudo, valorize o produto extraído de maneira sustentável e em conformidade com as normas de proteção ao trabalho. “É essencial separar o joio do trigo e eliminar aqueles que atuam de maneira predatória na atividade. A tendência é que estes sejam expurgados da atividade e não tenham mais para quem vender seus produtos”, finaliza o procurador. 
Fonte: Ascom

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