segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Pesca Solidária participa do I Workshop de Educação Ambiental para Conservação de Sirênios, em Recife

Durante os dias 21 e 22, aconteceu o Workshop de Educação Ambiental para Conservação de Sirênios, em Camaragibe, na comunidade de Aldeia, município de Recife, PE. O evento foi promovido pela Fundação Mamíferos Aquáticos, com o objetivo de reunir instituições que atuam com conservação de sirênios no Brasil para compartilhar ações exitosas de educação ambiental potencializando estratégias integradas. A Comissão Ilha Ativa (CIA), em nome do Projeto Pesca Solidária, patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, esteve presente no evento.
Sirênios são mamíferos aquáticos representados pelo peixe-boi marinho, que está Em Perigo de extinção, e pode ser encontrado desde o estado de Alagoas até o Amapá, com áreas de descontinuidade; e pelo peixe-boi amazônico, que ocorre nas Baias do Rio Amazonas, e seu status de conservação é vulnerável.
No evento foi possível reunir 18 instituições de diversos estados brasileiros que trabalham em prol da Conservação da espécie, sendo elas: Associação Amigos do Peixe-boi- AMPA, Instituto Mamirauá, representando o estado de Amazonas; APA Barra do Mamanguape, representando a Paraíba; APA Costa do Corais, Associação Peixe-boi, Fórum Socioambiental da Costa do Corais, Instituto Biota, Instituto Yandê, Instituto do Meio Ambiente, do estado de Alagoas; Aquasis, representando Ceará; Comissão Ilha Ativa, vinda do Piauí; Grupo de Mamíferos Aquáticos- GEMAM, BIOMA, GPMAA/IEPA, representando o estado do Pará; Centro de Mamíferos Aquáticos, Instituto Chico Mendes, Fundação Mamíferos Aquáticos e Instituto Bioma Brasil, vindo representantes dos estados de Pernambuco,  Sergipe, Paraíba e Alagoas.
A realização desse encontro, além de ser uma grande oportunidade para troca de experiências, atende ação que estão incluídas no Plano Nacional para Conservação dos Sirênios.
O evento teve formato de oficina, onde todas as instituições presentes puderam construir de forma participativa, espaços voltados para trocas de experiências, desafios, potencialidades, ações em comum, ficando claro que a Educação Ambiental é uma importante estratégia de sensibilização e motivação. Esses espaços possibilitaram uma clareza de que é necessário o engajamento de toda a sociedade para realização de trabalhos coletivos para a conservação de forma geral.
Para a bióloga Liliana Souza, o evento teve um papel fundamental para a construção de estratégias de educação ambiental, que possibilitasse ações eficientes para a conservação: “A participação desses espaços, só mostra o quanto se faz necessário a realização de mais encontros desse nível e de maneira mais periódica, pois possibilita entendermos como todas essas instituições trabalham no envolvimento participativo da comunidade, sociedade civil, dentro da Educação Ambiental. Hoje tivemos a possibilidade de enxergar, ver os trabalhos realizados, as ações executadas como um todo, e não cada um dentro da sua caixinha. E o que é mais gratificante é ver que são ações semelhantes em realidades diferentes. Podemos enxergar dificuldades, desafios que hoje passamos, e que outros grupos mais experientes também passaram, e aprender com tudo isso”, comenta Liliana Souza.
No âmbito da Educação Ambiental, as ações desenvolvidas pela Comissão Ilha Ativa são realizadas de um modo onde agregamos dentro das ações, estratégias de sensibilização, e a conservação ambiental como um todo, envolvendo a comunidade para que ela seja sujeito multiplicador. E dessa maneira, a instituição busca o apoio e a participação de toda a comunidade, e de forma simples, com linguagem acessível, se coloca em prática um plano de conservação que depende de ações do dia a dia, sempre voltado para o respeito a natureza.
“Com o peixe-boi marinho, que é a espécie com a qual trabalhamos no estuário Timonha e Ubatuba, tentamos disseminar não apenas dentro da nossa área de atuação, mas utilizar todos os espaços, o quanto sua proteção está ligada de forma indireta na proteção de outras espécies, atuando como espécie guarda-chuva, e assim, garantir parceiros que nos apoiem nessa ideia. Hoje podemos contar com pescadores que repassam informações, seja para turistas, outros públicos, a cerca do cuidado com o ambiente, com a espécie, e assim formando uma rede de colaboradores, na proteção do ambiente, e o engajamento da comunidade é nossa maior estratégia, e nossos melhores parceiros”, ressalta Liliana.
Em nome da Comissão Ilha Ativa, agradecemos ao convite da Fundação Mamíferos Aquáticos, para participar do Workshop de Educação Ambiental para Conservação de Sirênios, pela oportunidade cedida em trocar experiências e aprender com diversas instituições.
Espera-se que a realização desse I Workshop, seja o pontapé inicial para um diálogo entre as instituições, seja na realização de ações em conjunto, troca de experiências, capacitações. E que essa interação adquirida entre as instituições seja mantidas para a continuidade de todo esse processo de construção de estratégias integradas.

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