O Delta do Parnaíba é um dos destinos mais visitados de quem vai ao litoral nesta época do ano. Na alta temporada a procura é intensa. Considerado o maior do mundo, ele se localiza no extremo norte do Piauí, fazendo divisa com o Estado do Maranhão e oferece ao visitante, além de toda a beleza natural, uma riqueza regional de vegetação e animal.
É o único das Américas que deságua em mar aberto, sendo composto por 80 ilhas e igarapés. Durante a trajetória de quem percorre o Delta do Parnaíba, é possível observar que grande parte de sua vegetação é mantida intacta, sem grandes ou mesmo nenhuma intervenção do homem.
Segundo Márcio Oliveira, guia turístico, o roteiro de visitação ao Delta do Parnaíba pode ser variado, dependendo da escolha dos clientes. “Os espaços que podem ser visitados ao longo do trajeto depende dos turistas. Até porque seguimos a trajetória pretendida, tanto no percurso pelas águas, como em paradas estratégicas para banho nas ilhas do delta”, ressalta.
Para Ravan de Carvalho, gerente administrativo e financeiro da Clip Eco Turismo e Aventura, está há 23 anos no mercado, em períodos de alta temporada é possível prever aumento de 100% de público.
“Aqui a movimentação é constante. Mas temos aumento significativo em períodos de alta temporada. Por exemplo, nos meses de julho e dezembro a janeiro, nós recebemos mais os brasileiros, agosto que é o período das férias europeias, muitos italianos e franceses passam por aqui. Então, o aumento de público no litoral chega a registrar 100%”, comemora o gerente.
Durante o roteiro de visitação, ao longe foi identificado David da Silva Santos, um pescador de apenas 19 anos.
Mesmo tão jovem este vê na pesca uma oportunidade contribuir na renda de sua família. “O que eu consigo pegar aqui, eu vendo ou se tiver em grande quantidade, levo para consumir na casa dos meus pais”, afirma o estudante.
Dentre as belezas que podem contempladas, durante o percurso realizado no Delta do Parnaíba, estão: de Porto dos Tatus, Baia das Canárias, as dunas no Igarapé Baia do Feijão Bravo, Ilha dos Poldros entre outras.
Caranguejos sustentam famílias da região
É muito comum ver em Parnaíba, litoral do estado, a intensa comercialização da cordinha de caranguejo. Apesar de nem sempre ser possível a caça, muitas famílias veem nos mangues sua principal fonte de renda.
Como é o caso de José Cleiton da Silva, pescador do Porto dos Tatus, que conta que em dias de caça a caranguejos, precisa acordar duas horas da manhã.
“Saio sempre em torno de duas a três da manhã, quatro vezes na semana. Com esse dinheiro sustento meus meninos, que é grande em números, mas na questão da idade são bem novos”, garante o caçador que é pai de quatro jovens. Os turistas são o principal público para a compra das cordas de caranguejo, adquiridas a preços que podem variar de R$ 3,00 a R$ 8,00, dependendo da unidade e da qualidade do fruto do mar.
Pousada investe em arquitetura ecológica
Apostando na sofisticação com elementos típicos da região como madeira de reflorestamento, palhas de carnaúbas e materiais como o tijolo, pedra e areia que a pousada Barra Grande Kite Camp (BGK), localizada na própria Barra Grande, foi projetada em vista da arquitetura ecológica.
Segundo Aristóteles Ibiapina, designer, durante a elaboração da pousada, a comunidade foi contactada e esta ainda serviu de inspiração para transformá-la em um espaço com diferencial. “O primeiro passo foi a responsabilidade e o respeito pela cultura do outro. Pensamos na Arquitetura BemViver.
Tudo voltado para a ecologia. E ainda, aprender com a comunidade e elas foram as minhas inspirações para construir isso”, explica o design. Para o designer, o Piauí possui muitas riquezas, o que falta é moldá-las, sem causar danos ao meio ambiente. “Tudo aqui é pérola, basta transformar em joia. Isso sem agredir o meio ambiente e ainda morando com conforto residencial”, afirma.
Fonte: Meio Norte
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