Na última fogueira em homenagem a São Pedro, as marisqueiras se confraternizam na fogueira, com reflexão sobre Paulo Freire, danças: quadrilha e boi e a degustação do marisco feito farofa, baião de quatro, peixe assado, cocada, chá de burro e muitos mais. Esse evento foi realizado em parceria com a Comissão Ilha Ativa (CIA), Universidade Federal do Piauí – UFPI e teve a participação de mais de 100 pessoas.
A primeira parte se deu com um cortejo acompanhado por crianças, jovens e adultos que cantavam e batiam palmas fazendo um convite para que todos os que ainda estavam em suas casas pudessem participar do arraiá. Em seguida aconteceu a apresentação dos presentes com a canção de boas vindas.
Um teatro realizado pelos estudantes do curso de Pedagogia da UFPI veio abrilhantar a festa, possibilitando uma reflexão da manifestação que fazemos no mundo, dentro do muro e para o mundo e sendo ao mesmo tempo um convite para mudança, transformação social partindo de cada pessoa.
O direcionamento dessa temática veio fundamentada em Paulo Freire, um educador Popular brasileiro, nordestino que em sua pedagogia permitiu que os pobres se tornassem sujeitos políticos, falado pelos professores da UFPI Osmar Braga e Edmara. O educador precisa conhecer as pessoas com que trabalha e fazer com que estes tenham consciência da sua condição social, seus problemas, seus sonhos. E a partir daí permitirá que a pessoa adquira uma nova visão de mundo, buscando a mudança social, fala Edmara.
A fala da presidente das marisqueiras foi o destaque no evento quando enfatizou a experiência de mudanças que vivenciaram no campo. Nesse mesmo instante durante a festa receberam R$ 102,00 referente a venda de lixo realizada em duas campanhas de limpeza junto com a CIA.
Para ilustrar o que foi conversado sobre a visão política em Paulo Freire teve a exibição do documentário Mãos Invisíveis que trata a realidade social das marisqueiras no seu mundo, dentro do trabalho, lazer, educação. Relacionado a isso havia no local uma exposição fotográfica sobre a arte de mariscar.
A confraternização entre os presentes se deu com a quadrilha apresentada pelas crianças da comunidade e alguns convidados adultos. E o Boi dominante, do Sr. Carnaúba veio fortalecer a cultura popular desse povo.
A presidente da Associação das marisqueiras, Luiza agradece a todos que fizeram dessa festa uma ação coletiva de partilha e comemoração.
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