Projeto Sociobiodiversidade da Ilha visita área de estudo para elaboração de mapas

Nos últimos dois dias, o projeto Sociobiodiversidade da Ilha, patrocinado pela Tropical Forest Conservation Act –TFCA, recebeu o consultor, geógrafo Lúcio Correia, para reconhecimento da área proposta para a implantação da Unidade de Conservação Reserva Extrativista-Resex Cajuí.

A proposta da criação da Resex, ocorreu em 2007, quando as comunidades da região organizaram um pedido para a implantação de uma nova unidade de conservação, objetivando maior proteção dos recursos naturais de seu território e do modo de vida da população.

A área proposta localiza-se em parte do município de Ilha Grande e comunidade Pedra do Sal (Parnaíba). É caracterizada por apresentar grande potencial pesqueiro, de forma artesanal em rios, igarapés, lagoas, estuário e mar. O extrativismo na região, também é utilizado como fonte de renda, seja pelos frutos nativos (caju/cajuí, murici, jatobá, guajiru, puçá, murta, tucum, jamelão, oiti), ou pela retirada de mucunã, cipó e carnaúba para o artesanato. Além disso, a criação de animais, como porcos, galinhas, gado, pato, capote e outros.

Segundo a coordenadora, Francinalda Rocha, o processo de criação da RESEX encontra-se pré-aprovado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA/DF) e, desde então, é aguardada uma vistoria técnica da área para sua implantação (Ofício n.475/2009-GP/ICMBio e Ofício n. 356/2010-DIREP/ICMBio).

Francinalda explica que desde o início do processo, estudos vem sendo realizados pela ONG Comissão Ilha Ativa-CIA e instituições parcerias, visando subsidiar a implantação da Resex. “Neste projeto, estamos levando os recursos pesqueiros, assessorando organizações visando a autogestão, valorizando o conhecimento tradicional das comunidades e realizando a caracterização socioambiental.

“Por meio caracterização socioambiental, estão sendo levantamos os imóveis que estão distribuídos na área proposta da Resex, confirmando os recursos utilizados pela população e confeccionando mapas temáticos da área, como hidrografia, solo, clima, geologia e geomorfologia, disse Kesley”.

Para entendimento de como se encontra a área, serão elaborados mapas pelo geógrafo Lúcio Correia. Na visita de campo os técnicos e moradores da área, percorreram a pé e com embarcação, alguns dos limítrofes da Resex, georeferenciando lagoas e olhos d’água, dunas, comunidades, além de confirmar a vegetação existente nestes locais.

Os mapas serão mais um instrumento que comprovarão a importância da área, seja por sua riqueza de fauna e flora, da qual a população retira seu sustento ou parte dele e ainda para a preservação, uma que vez os recursos estão diminuindo.

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