O Ministério Público Federal no Piauí, por meio do procurador da república Pedro Henrique Oliveira Castelo Branco instaurou, no dia 07 de janeiro deste ano, inquérito civil para apurar denúncia de depredação no Delta do Parnaíba.
Imagem: DivulgaçãoDelta do Parnaíba
Para abertura do inquérito o procurador considerou a representação, encaminhada por João Batista Alves Pereira, Presidente da Colônia de Pescadores e Pescadora Z-7 e Norma Sueli Nascimento de Sousa, Presidente da Associação dos Moradores e Pescadores da Pedra do Sal, na qual requerem “a anulação imediata das licenças (pré-licenças e licenças ambientais e operacionais) concedidas pela Secretaria Estadual de Meio e Recursos Hídricos (SEMAR) e com parecer do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aos empreendimentos Parque Eólico Complexo Delta na localidade da Pedra do Sal, da empresa TRACTEBEL e ÔMEGA, que pretende ampliar sua área de usina afetando diretamente a vida da população da referida comunidade, e a PURE RESORTS ENSEADA PARNAÍBA LTDA, consórcio que inclui também as empresas Ilha Grande Investimento S/A, Investimentos Imobiliários Internacional S/A e LCID Projetos Turísticos e Ecológicos Ltda., que objetiva implantar um Resort e um grande condomínio habitacional (400 unidades), causando impacto direto no ecossistema da APA Delta do Parnaíba, área de grande biodiversidade e território de pesca artesanal de mais de 10 mil famílias de pescadores, pescadoras, marisqueiras e pequenos agricultores que cuidam, trabalham e residem nessas terras, alguns com origem familiar de 200 anos.
Escrito por Rauristênio Bezerra
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