Como será que se sentiu o governador Zé Filho (PMDB), no momento em que descobriu, através da imprensa, que não fazia parte do projeto político do então governador Wilson Martins (PSB), que já estava em campo à procura de um nome para ser o seu candidato à sucessão estadual? Com um misto de desapontamento e revolta, naturalmente.
O que você acha que fez com que o governador Zé Filho aceitasse a imposição do nome do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI), feita pelo ex-governador Wilson Martins, como candidato pelo PMDB à sucessão estadual?
A certeza de que se ele não aceitasse momentaneamente àquela ordem, Wilson Martins não deixaria o governo e ele não se tornaria governador do estado do Piauí.
Você acha que o governador Zé Filho, após ter o seu nome descartado da disputa pelo governo do estado, pelo ex-governador Wilson Martins que nunca fez segredo para ninguém, que Zé Filho nunca fez parte do seu projeto político, tem o dever moral de honrar compromissos firmados, antes da sua posse?
Com certeza não, haja vista, a maneira como Zé Filho foi tratado e considerado - por aquele que durante muito tempo lhe jurou fidelidade.
Obrigação moral, dever moral são coisas que não funcionam na política, porque se funcionasse Wellington Dias, seria hoje o candidato de Wilson Martins, que deve o segundo mandato ao PAC, que o então governador Wellington Dias deixou de entregar para um petista, para favorecer o seu vice-governador e ele poder pavimentar a sua estrada em direção a sua reeleição. Esse é apenas um exemplo de como as coisas na política funcionam.
Blog do Severino Neto
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