Ao indicar a deputada estadual Margarete Coelho (PP) à vaga de vice, na chapa majoritária da oposição nas próximas eleições, seu partido terminou propondo um bom nome para ajudar o senador Wellington Dias (PT), pré-candidato a governador, em sua caminhada.
Se for confirmada pela coligação oposicionista – provavelmente só durante as convenções, em junho deste ano –, a parlamentar deverá agregar valor ao palanque dos petistas, petebistas, do PP e de outros partidos que se aliarem a este projeto.
Ao lado de Wellington Dias, Margarete Coelho formaria dupla bem sintonizada com as novas feições da sociedade moderna, que impõe, cada vez mais, um papel protagonista às mulheres na política. A presença feminina numa chapa majoritária, assumindo cargo como o de candidata a vice-governadora, não deixaria de ser novidade no mundo quase absolutamente masculino e – por que não dizer? – machista da política piauiense. Ela emprestaria charme, suavidade e simpatia à trincheira da oposição, podendo causar forte impacto eleitoral.
Mas a indicação do PP, em relação ao nome da candidata, não ajudaria o pré-candidato do PT apenas e tão somente por tratar-se de uma mulher. Margarete Coelho, em seu primeiro mandato como deputada, demonstrou ser hábil o suficiente para destacar-se como parlamentar atuante, sempre interferindo de maneira interessante nos trabalhados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. O plenário da Assembleia também foi transformado em ambiente muito familiar para Margarete, instrumentalizada nos anos de advocacia especializada.
Conservadorismo modernizado?
Além do mais, tem densidade eleitoral o suficiente para contribuir no sentido de atrair mais votos para o candidato petista, a partir de julho deste ano. Afinal, ela herdou o espólio do marido, o ex-deputado estadual Marcelo Coelho, antiga liderança do partido, membro do clã dos Portella na política do Piauí. A relação histórica da parlamentar com o conservadorismo, ao contrário do que poderiam pensar os puristas de esquerda, dificilmente seria um elemento negativo numa eventual chapa com o candidato a governador do PT.
Ela tem luz própria, e conseguiu contribuir para modernizar a imagem de seu grupo, que, a exemplo do que aconteceu com o famigerado PFL, chegou a correr o risco de desaparecer enquanto agremiação político-partidária. Por isso, poderá ser um bom nome no barco das oposições, que hoje lutam contra um esquema de governo, que ainda não encontrou um denominador comum às próximas eleições. Enquanto sobraria carisma no lado oposicionista, não se pode dizer a mesma coisa da situação, não é verdade?
Capital Teresina\Por Sergio Fontinele
Chamada Geral
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