Eu conhecia obra parada, abandonada, que anda devagar, inacabada. No Piauí de Mão Santa, Hugo e Wellington exemplos não faltam.
Entretanto, o governador Wilsão estreou em Teresina uma nova modalidade: é a obra que retrocede. É isso mesmo. Um tipo de construção que, com o passar do tempo, fica menos pronta.
Veja bem:
- Em 02 de janeiro de 2014, matéria da máquina de propaganda oficial do Governo do Estado anuncia: “Wilson visita obras da ponte Juscelino Kubitscheck que estão 62% concluídas”. [acesse a matéria]
Diz o texto: “Com previsão de entrega para abril deste ano, as obras de extensão da ponte Juscelino Kubitscheck, que liga Centro à zona Leste de Teresina, está com 62% do projeto concluído. O governador Wilson Martins, visitou a obra nesta quinta-feira (2) e cobrou que o prazo de entrega não seja estendido.”
- Dois meses depois, em 07 de março, o governador retorna à obra. E a assessoria propagandeia: “Obras da ponte da Frei Serafim já estão 60% concluídas”. [acesse a matéria]
Percebeu? Em dois meses, segundo o percentual oficial da Ccom, a obra não avançou. Pelo contrário, RETROCEDEU em 2%.
Apesar do andamento negativo, o governador Wilson Martins afirmou, nas duas ocasiões, estar “satisfeito com o andamento da obra”.
No ritmo que segue, daqui para o final do ano a ponte estará 100% não concluída.
Sabe o filme “O curioso caso de Benjamin Button”, que o sujeito fica mais jovem com o passar dos anos? Esse é um caso de enredo semelhante, mas com um protagonista de concreto e ferro e diretores desatentos e atrapalhados. Ah! E financiado com dinheiro público.
Pisei Chão
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