Ser ou não ser, eis a questão do blocão

Como articulador de uma chapa apoiada pela máquina do Governo do Estado, Wilson Martins (PSB) se encontra cada vez mais cheio de dúvidas e aparenta estar perdido quanto ao que vai decidir.

Nada parece dar certo no tabuleiro do jogo chapa branca. O governador anuncia Zé Filho como seu sucessor ainda no dia 22 de junho de 2013, em São João do Piauí, dando um chega pra lá (a la Judas) em quem lhe assegurou o mandato de autoridade maior do Piauí: Wellington Dias (PT).

Especula-se a possibilidade de Sílvio Mendes (PSDB) ser apoiado para a cabeça da chapa, tendo alguém do PMDB como vice. Marcelo Castro vai à TV e humilha os tucanos dizendo que “esta possibilidade é zero”.

Em seguida, os governistas anunciam a vontade de ter Sílvio Mendes como candidato a vice-governador. O tucano vai também parar nos canais de televisão e diz: “quero dizer ao meu amigo Marcelo Castro que esta possibilidade também é zero”

Ao final do mesmo ano, o candidato da base aliada já é Marcelo Castro em prejuízo dos planos do vice-governador Zé Filho que se isola e mostra descontentamento com a tratorada comandada por Wilson Martins e por seu correligionário já articulado como cabeça de chapa.

Mão Santa (PSC) volta ao cenário político, revoltado com os planos de Wilson Martins esmagar a candidatura natural de seu sobrinho e externa indignação com isso.

Na sequência, Sílvio Mendes engole o que havia dito e já aparece anunciado como candidato a vice-governador de Marcelo Castro enquanto o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), viajava para o exterior.

Firmino chega de viagem e afirma que esta aproximação entre PSDB e PMDB se deu sem seu aval. Depois, o prefeito nega que a composição entre os dois partidos esteja “selada”.

O prefeito de Teresina prefere aparecer mais ao lado de Wellington Dias do que do blocão.

Wilson Martins, em face de tantos desacertos, recebe uma pesquisa onde Marcelo está com 20% e Wellington Dias com 64,64%.

O governador começa a admitir que ele próprio pode não ser candidato ao Senado Federal nem Marcelo Castro concorrer ao Governo do Estado. Wilson embarca para São Paulo (SP) na última semana e pede para “não ser incomodado por ninguém”.

Marcelo Castro admite também que tudo o que se disse até agora sobre a chapa governista são apenas conjeturas.