sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Pesquisador Italiano faz estudos de doutorado sobre o Delta do Parnaíba

O pesquisador Claudio Milano, Licenciado em Ciências Empresariais e Turismo e Doutorando em Antropologia Social e Cultural pela Universidade Autônoma de Barcelona, tem feito estudos acerca do Delta do Parnaíba, da exploração do turismo na região nordestina, em especial, no estado do Piauí.
Segundo Milano, estados do nordeste passaram há algum tempo a ter o turismo explorado, mas o Piauí ficou o que houve foi um fenômeno forte de promoção turística. “Ainda não podemos falar de um turismo de massa no Delta do Parnaíba e por isso acho interessante um estudo que acompanhe esse fenômeno e não somente um estudo sobre pós-fenômeno, o que causou o turismo e quais impactos. Eu acho interessante acompanhar esse fenômeno de promoção turística”.

A pesquisa se constitui na observação e indagação da promoção turística do setor público, privado e dos trabalhos feito pelas Organizações Não Governamentais (Ong's) como alternativa econômica para a população.

Claudio disse que acredita que Parnaíba tem tudo para alavancar quanto ao desenvolvimento turístico, mas é importante que haja uma gestão participativa e uma planificação do turismo, para que se saiba o tipo de turismo a ser realizado na região. “Parnaíba tem tudo para ser um destino importante no Brasil, mas é perigoso impulsionar o turismo sem organização”.

Quando Milano ressalta os perigos acerca de um turismo sem planejamento, ele expõe alguns impactos, entre eles, o consumo e o transporte do caranguejo uçá. O problema do caranguejo é um impacto negativo do turismo de outros estados. “Imagina se a cidade de Parnaíba tiver um grande fluxo turístico, o que poderá acontecer com o caranguejo?”.

No Delta do Parnaíba existem outros recursos que poderiam ser explorados de forma positivas e o poder público poderia ajudar a impulsar outras atividades, como a exploração da indústria do caju, extração da carnaúba e a preocupação com o uso dos agrotóxicos nas plantações de arroz.

“É preciso que haja preocupação do poder público em resolver a situação da população. Não adianta achar que o turismo é a solução e único caminho”.
Por Tacyane Machado/PortalF5.net

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