sexta-feira, 31 de maio de 2013

"CIA participa de exposição no Viva a Mata-SP".


Nos dias 24, 25 e 26 de maio, São Paulo recebeu mais uma edição do Viva a Mata - Encontro Nacional pela Mata Atlântica, com o tema “Direitos e Deveres Ambientais”. O evento que aconteceu na Marquise do Parque Ibirapuera foi promovido pela Fundação SOS Mata Atlântica e teve como objetivo envolver o público nas questões ambientais, convidando-os a participar por meio de ações de preservação e conservação da natureza, cobrando e fiscalizando ações concretas do poder público.
Nesta 9º edição, o evento contou com diversas atividades interativas, como exposição de projetos ambientais desenvolvidos no Brasil, empresas parceiras e patrocinadores, divididos em pavilhões temáticos: Florestas, Mar, Urbano, Água, Mudanças Climáticas e Propriedades Sustentáveis. Diversas instituições marcaram presença, como a Fundação Mamíferos Aquáticos, Instituto Ekko Brasil, AQUASIS, Projeto TAMAR, Brasil Kirin, Pimp My Carroça, Bike Anjo, Instituto das Águas da Serra da Bodoquena, Comissão Ilha Ativa, dentre outros.
Além das exposições de ONGs que lutam pelo meio ambiente, a programação contou com palestras e debates, que aconteceram nos dois caminhões de exposição itinerante “A Mata Atlântica é Aqui”, auditório do MAM - Museu de Arte Moderna e no palco da Marquise, com palestras, debates, teatro, contação de histórias, dança e apresentações diversas.
Representando o Piauí, a CIA desenvolveu atividades lúdicas com o tema “Desvendando a APA Delta do Parnaíba”, com o intuito de trabalhar junto ao público, informações sobre a esta Unidade de Conservação (UC). “Ao chegar, as crianças eram convidadas a embarcar numa viagem rumo a esta UC, e para isso era necessário conhecê-la um pouco. Assim, apresentávamos a localização da área e os municípios pertencentes; a biodiversidade (cavalo-marinho, peixe-boi marinho, tartarugas marinhas, mero, baleias, botos, caranguejo-uçá e guará) e a cultura local (como bumba-meu-boi e quadrilhas). Em seguida, as crianças participavam de atividades práticas, como a Trilha da Biodiversidade, Bingo da Biodiversidade, Contação de História, Cantando e Dançando”, disse a técnica da CIA, Ana Cristina Carvalho.
Ao longo do evento cerca de 300 crianças foram atendidas no estande da CIA. Segundo as crianças Ana Caroline Machado (11) e Mariana Silva (10), as atividades foram importantes, pois puderam conhecer alguns dos animais daquela região, assim como suas principais características. “Para mim foi interessante saber sobre a gestação do cavalo-marinho, onde a gravidez é de responsabilidade do macho e conhecer o mero, um peixe também chamado de Senhor das Pedras”, completa a visitante.
A técnica da CIA, Rosângela Santos, comenta que a participação do público superou as expectativas.  “É bom perceber que as crianças se interessam pelas questões ambientais. Isso foi verificado durante as atividades, a partir do interesse, atenção aos temas abordados, participação nas atividades e o conhecimento que já possuíam sobre algumas destas temáticas, inclusive debatendo durante as ações”.
Além da exposição, a CIA participou ministrando a palestra intitulada “Vivências na APA Delta do Parnaíba”, onde a técnica Kesley Paiva, apresentou um pouco do histórico, ações, metodologias e projetos desenvolvidos pela instituição em toda a região da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba.
Ao final do evento, houve o lançamento da campanha “Cumpra-se”, um manifesto para o cumprimento do Código Florestal, com a participação de diversas organizações do Brasil: Associação Mineira de Defesa do Ambiente – AMDA, Instituto Eco Solidário, Movimento Popular Ecológico-MOPEC, Instituto Floresta Viva, WWF, dentre outras. Segundo as instituições participantes, o atual código não é o ideal, mas precisa ser cumprido.
Confira a íntegra do manifesto:
Fonte: SOS Mata Atlântica
O BRASIL PRECISA DO CÓDIGO FLORESTAL!
Faz um ano que o novo Código Florestal foi aprovado, depois de um grande debate que envolveu toda a sociedade brasileira. Isso fez com que pessoas que nunca haviam se preocupado com a preservação das florestas, no campo e nas cidades, conhecessem um pouco mais sobre o assunto.
Ainda que essa lei não seja a ideal, ela precisa sair do papel e ser cumprida. Para isso, vamos continuar mobilizados. A sociedade brasileira acompanhará de perto e cobrará a sua implantação. Seja parte disso. Esta semana, foi lançado um Observatório para acompanhar, difundir e trocar informações.
Preocupa-nos a falta de investimentos, a lentidão e a fragilidade do governo. Um ano depois, o novo Código Florestal continua no papel. O apoio aos agricultores, com orientação técnica e incentivos econômicos, vai ajudar muito no cumprimento dessa lei. A proteção e a recuperação das matas e rios são essenciais para nossa qualidade de vida.
Para que o Código Florestal seja para valer, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é o primeiro passo. Cada produtor precisa dizer onde está e o que vai proteger. Por meio do CAR é possível planejar e regularizar os imóveis rurais para que produzam e ao mesmo tempo conservem a natureza, cumprindo a função social, prevista na Constituição.
A natureza brasileira – nossas nascentes, nossos solos, nossas matas e manguezais – é muito importante para sustentar a oferta de alimentos e produtos essenciais para a nossa vida. Sua proteção é ainda mais importante nos lugares onde as pessoas estão expostas a deslizamentos, enchentes, secas e contaminação ambiental. Especialistas afirmam que os prejuízos da degradação dessas áreas são muito maiores do que o valor da sua proteção. Recuperar é mais caro que conservar.
Essa não é a lei dos nossos sonhos. Não protege as matas e os rios como deveria, mas é a lei que foi aprovada. Por isso, a sociedade deve se mobilizar e cobrar para que ela saia do papel. Só assim será possível desenvolver nosso país e melhorar a vida dos brasileiros.
O Brasil é o único país que emprestou seu nome de uma árvore. Neste momento em que o País está em evidência e sedia grandes eventos, se cuidar de fato da sua natureza, dará um exemplo para o mundo como potência agrícola, econômica e ambiental, que se desenvolve em bases sustentáveis.
Fonte/Proparnaiba

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