sábado, 20 de abril de 2013

Resíduos sólidos em Parnaíba: o grande problema?

Para entendimento desta temática gostaríamos de sugerir uma construção coletiva desta questão: Será o lixo um grande problema?

Fazendo uma viagem pelo nosso planeta podemos descobrir que o lixo que é jogado em locais inadequados, se direcionam ao Oceano Pacífico e que por meio de um redemoinho vai encher uma área geográfica que dá cinco vezes ou mais a que ocupa o estado do Piauí, causando males a biodiversidade marinha e como consequência também aos seres humanos. Nesse entendimento se inicia a primeira reflexão – que planeta existirá daqui a 10 anos agindo dessa maneira?
Essa atitude é resultado do consumismo desenfreado que gera excessiva quantidade de lixo, e que tem como destino depositá-lo em lixões. Isso causa impactos negativos à natureza. Em execício da cidadania, que atitude poderia ser tomada – reciclar lixo ou evitar sua produção?
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Em diversos meios de comunicação alerta que os resíduos que o ser humano produz são jogados fora todos os dias, apresentando o perfil do consumista e suas consequências no aumento das diferenças sociais.
Os dados dizem que enquanto 23 milhões de brasileiros passam fome, observa-se que é jogado fora por dia, comida suficiente para nutrir 19 milhões de pessoas. E de 39.000 toneladas de comida, em condições de ser aproveitada, vai para o lixo, diariamente. Isso seria realmente verdade?. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (2009) diz em seus resultados de avaliação do tipo de lixo no litoral do Piauí que mais de 80% do lixo coletado é orgânico.
E ainda se tem a informação de que de 100 produtos da agricultura,  40 cumprirão seu destino de alimentar pessoas e os outros 60 vão virar um problema pela sua destinação inadequada. Será isso diferente do que acontece em Parnaíba?
Sinceramente não. Para comprovar esta afirmativa, os técnicos da Comissão Ilha Ativa – CIA, organização não governamental, sem fins lucrativos conversaram com um catador de lixo em Parnaíba, no mês de janeiro de 2012 e descobriram que é encontrado no lixo volta de 50 kg de alimentos por contêiner, principalmente peixe, carne e verduras que dariam para alimentar muitas famílias (B.H., catador de lixo há sete anos).
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A prefeitura Municipal de Parnaíba, no Departamento de Serviços Urbanos procura fazer sua parte com a coleta diária, varrição das ruas e capina de resíduos que ficam em locais inapropriados.
A coleta realizada por dia é de 100 toneladas de lixo feita pela empresa responsável, SN Ambiental, conforme declarado por um funcionário, que há quatro anos participa da limpeza em Parnaíba, para técnico da CIA, Fiorenzo Bonetta. E a sociedade civil o que está fazendo?
De acordo esses dados apresentados sobre o lixo em Parnaíba e fazendo uma vistoria pela cidade, verifica-se que a quantidade de lixo espalhado ainda é grande. A solução para o acúmulo de lixo está na sua origem e não somente na sua destinação final. Com isso, pode-se afirmar que poucos cidadãos participam para melhoraria da limpeza da cidade. E o que fazer? Consumir menos? Fazer a separação do lixo e viabilizar a vida dos catadores da cidade?
É preciso aproximar do lixo com outra visão. Ele cria problemas quando tratado de modo errado, na origem do processo. Cada pessoa deveria direcionar cada tipo de lixo para o destino adequado e que muitas vezes destiná-lo ao lixão poderá ser errado.
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Se ainda não se tem essa atitude o primeiro passo seria separando o lixo orgânico (restos de alimentos, vegetal ou animal), do inorgânico (lata, vidro, ferro, alumínio). O orgânico poderia ser empilhado para se transformar em adubo, enquanto que inorgânico ser realizado a separação desses materiais, pois há pessoas que vivem deles. E por incrível que pareça, é jogado fora, sem a preocupação com a limpeza da cidade e nem com o destino dos resíduos sólidos. Isso remete a uma questão: o que poderemos construir juntos?
Chega de cruzar os braços é preciso ousar. O tempo de agir é agora, amanhã pode ser tarde para tomar atitudes, pois o oceano já poderá ser somente de lixo.
Enfim, pode-se dizer que os resíduos sólidos ao ser produzido em grande quantidade e destinado em locais inadequados poderão ser um grande problema, mas se houver o consumo somente do necessário para a sobrevivência será um grande passo para o cuidado com a grande casa comum – o planeta Terra.
Texto:  Francinalda Rocha e Fiorenzo Bonetta

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