A AMFCL é formada por mulheres da comunidade de Luís Correia e tem por objetivo fomentar as atividades produtivas de infra-estrutura e serviços sociais para melhorar as condições de vida, visando à autogestão. Assim, a associação tem alcançado a organização formal das mulheres de pescadores, organização da coleta e manipulação coletiva de marisco, participação de oficinas, capacitações e espaços de discussão de políticas públicas, adquirindo conhecimento e capacidade de buscar novas conquistas.
Durante a manhã, marisqueiras e equipe técnica seguiram a pé até as suas canoas para alocar os materiais utilizados na mariscagem. Chegando ao mangue, a travessia foi feita a partir de uma corrente humana, até que todos passassem da parte mais arenosa ou lodosa.
Nas proximidades da praia de Macapá, as mulheres de Ilha Grande puderam acompanhar o trabalho das marisqueiras de Luís Correia, percebendo distinções entre as coletas realizadas nas duas áreas: água salgada e a utilização de diferentes instrumentos para a coleta, como canastras, cestas e pequenos baldes, além do beneficiamento do marisco, onde a AMFCL costuma manusear o molusco apenas no dia posterior à cata.
Na hora do almoço, ali mesmo, ao secar da maré, realizou-se o “sapeca”, momento em que se partilha de tudo aquilo que trouxeram, transformando o momento numa grande confraternização.
“É muito bom poder observar a organização delas e que isso trouxe conquistas. Nós também precisamos nos organizar”, relatou uma marisqueira de Ilha Grande sobre a experiência vivida.
A continuação do trabalho é definida pela maré. Logo ela dê sinais de cheia, os moluscos devem ser colocados nas canoas e levados à terra firme, bem como todos os trabalhadores da cata do marisco.
Fonte/comissaoilhaativa.org.br
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